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Atacante coxa-branca Joel ficou preso na marcação da defesa do Internacional e só teve uma oportunidade clara para marcar o dele | Jeferson Guareze/ Futurapress
Atacante coxa-branca Joel ficou preso na marcação da defesa do Internacional e só teve uma oportunidade clara para marcar o dele| Foto: Jeferson Guareze/ Futurapress

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Martinuccio

O atacante argentino entrou em campo na volta do intervalo, no lugar de Élber, e deu maior movimentação e outra cara ao ataque alviverde no jogo. Ele participou de dois lances capitais a favor do Coritiba no Beira-Rio. Primeiro na tabela com Joel, que o atacante camaronês acertou a trave do goleiro Dida, e depois deu uma assistência no gol de Zé Love, que não marcava há dois meses pelo Brasileirão. Lances que podem credenciá-lo a uma vaga de titular no clássico contra o Atlético, no sábado, no Couto Pereira.

Em baixa

Defesa coxa-branca

O sistema defensivo do Coritiba voltou a abusar das falhas de marcação e foi determinante para a derrota coxa-branca. Não conseguiu segurar o toque de bola rápido do meio de campo e ataque Colorado e permitiu que o Internacional construísse um placar mais tranquilo na partida de ontem. O erro mais grave foi cometido pelo lateral-direito Norberto, que falhou na proteção para a saída de Vanderlei no lance do terceiro gol, impedindo naquele momento uma possível reação do Coxa em Porto Alegre.

A tática do Coritiba de atuar como uma espécie de franco-atirador, ontem, no Beira-Rio, expôs duas fragilidades do time comandado por Marquinhos Santos na derrota por 4 a 2 para o Internacional. Primeiro, e o mais grave, foi o excesso de erros na marcação, que resultou nos quatro gols colorados em campo. Além disso, as falhas nas finalizações impediram uma sorte melhor ao alviverde.

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No balanço entre o volume de jogo ofensivo, principalmente no segundo tempo quando o argentino Martinuccio entrou e deu maior movimentação ao ataque coxa-branca, e os problemas na linha defensiva, pesaram mais os vacilos da zaga, que resultaram na 12.ª derrota do time em 25 rodadas no Campeonato Brasileiro. O próprio estádio acompanhou o apagão coxa-branca e ficou às escuras aos 37 minutos do segundo tempo – o jogo ficou paralisado por 16 minutos.

O revés manteve o Alvi­­verde na zona de rebaixamento e num cenário ainda pior, agora na lanterna da competição – o Criciúma empatou com a Chapecoense no sábado e deixou a última posição para o Coxa – e às vésperas do clássico contra o Atlético, no sábado, no Couto Pereira.

"É uma situação que incomoda [estar na lanterna], até pela qualidade do grupo", destacou o volante Helder, apoiando-se na tabela do campeonato para vislumbrar uma melhora, já que agora serão dois jogos em casa, no Atletiba e contra o Criciúma. "Temos total certeza que vamos sair dessa situação", acrescentou o jogador.

A construção desse cenário crítico na tabela se agravou com uma atuação repleta de falhas. Em um jogo aberto, o Inter foi mais regular em campo e quando pressionou a defesa alviverde, chegou facilmente aos gols. Primeiro no pênalti cometido por Leandro Almeida, que D’Alessandro cobrou, Vanderlei defendeu, mas o próprio argentino aproveitou o rebote para fazer. Ainda no primeiro tempo, Alex pegou a sobra para fazer o segundo e Eduardo Sasha aproveitou a bobeira do lateral-direito Norberto, que errou na proteção, e fez mais um. "Jogamos bem, mas falhamos e a falha contra um time de qualidade resulta nos gols", lamentou Norberto.

O Coxa mostrou poder de reação, buscou o empate por 1 a 1 na cabeçada de Leandro Almeida, e colocou duas bolas na trave no início da etapa final, no chute de Robinho e na conclusão de Joel, até descontar com Zé Love, aos 18 minutos do segundo tempo. Mas qualquer possibilidade de reação encerrou no gol de Eduardo Sasha, após boa troca de passes no ataque colorado, fechando o marcador.

Lanterna eleva tensão no clássico

A situação delicada do Cori­­tiba no Campeonato Brasileiro, na lanterna com 23 pontos, dá um tom ainda mais importante ao Atle­­tiba do próximo sábado, às 16h20, no Couto Pereira.

Para o Coxa, o clássico abre uma série de 13 rodadas decisivas até o término do Brasileirão – tem pela frente sete confrontos em casa (contra Atlético, Criciúma, Botafogo, Grêmio, Fluminense, Palmeiras e Bahia) e mais seis fora, contra Goiás, Figueirense, Corinthians, Flamengo, Vitória e Atlético-MG.

"É uma decisão para nós, num jogo atípico em função da disputa regionalizada", analisou o técnico Marquinhos Santos, que citou dois pontos fundamentais para o Coxa voltar a vencer – vem de três derrotas em sequência, para Sport, Cruzeiro e Inter.

O primeiro deles é corrigir as falhas na marcação, passando também pela importância de tentar sair à frente do placar, para que o time possa jogar com mais tranquilidade.

O treinador comemora a semana cheia de trabalhos – a primeira desde que assumiu o comando do time há um mês. "Precisamos corrigir os erros de compactação e que tem originado os gols dos adversários", disse.

Para isso, Marquinhos promete uma linha mais dura em termos de cobranças aos atletas.

"Temos de cobrar os erros, assumir a responsabilidade porque na próxima rodada começa um novo campeonato para nós, com cada rodada valendo seis pontos", disse.

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