Maurílio, 47 anos, passou por mais de 20 clubes na carreira. Ficou nacionalmente conhecido no Palmeiras, quando foi bicampeão Brasileiro na década de 90, teve também destaque quando atuou pelo Juventude, conquistando o título da Copa do Brasil em 1999. Mas foi projetado para o futebol vestindo a camisa do Paraná, onde foi campeão estadual em 1991 e 1995, e conquistou também a Série B de 1992. Depois de deixar a Vila Capanema, voltou duas vezes para casa (entre 2000 e 2003). Em 2010, tornou-se técnico (Maurílio Silva, pois treinador precisa de sobrenome) e segue a mesma vida cigana, com 14 trabalhos no curto currículo. Agora comanda o ASA, adversário do Coritiba nesta quinta-feira (23), pela Copa do Brasil.
Tabela Copa do Brasil 2017: resultados e confrontos atualizados
Como o ASA encara o jogo contra o Coritiba?
Encaramos com igualdade. O Coxa também tem de vencer o jogo [empate leva para os pênaltis]. Todo mundo dizia que seríamos eliminados pela Ferroviária [na primeira fase da Copa do Brasil], mas fomos lá e passamos. Já assisti ao jogo do Coritiba contra o Vitória da Conquista e tirei minhas conclusões.
Não é raro um time menor eliminar um grande em competições de mata-mata. Em 2002, o próprio ASA eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil. Eliminar o Coritiba seria um algo parecido?
Para nós, o jogo é muito importante. O Coxa está muito à frente em termos de estrutura e investimento, então seria um grande feito eliminar eles em casa. O que temos de fazer é encarar o jogo com muito respeito. Acho que três ou quatro jogadores deles dão nossa folha salarial inteira [cerca de R$ 200 mil]. Temos de ter cuidado com o que falamos, precisamos permanecer concentrados. E quando começar o jogo não existe já ganhou.
Qual a postura você quer que seu time adote nesta quinta?
Não posso abrir os olhos do Carpegiani [risos]. Vamos precisar de muita dedicação no setor de marcação e aproveitar as chances lá na frente. Se fizermos um gol, ajuda a desestabilizar o emocional deles.
Em quem você se inspira na sua carreira de treinador?
Eu, eu e eu. Tenho que fazer o que o Maurílio quer. Não posso ser uma cópia, um espelho dos outros. Tenho que aprender do meu jeito e aplicar minhas ideias.
Você tem um vínculo muito forte com o Paraná, que foi onde começou...
Sempre ouço aquela conversa que agora vão trazer o Maurílio, que é a hora do Maurílio, mas acabam trazendo alguém que não tem vínculo com o clube, com a torcida. Mas paciência. Tenho que continuar trabalhando para chegar em um clube grande.
Você sonha em trabalhar no Paraná?
Meu sonho é poder voltar a Curitiba. Tenho residência em Fortaleza, mas Curitiba é onde eu cresci, onde surgi para o futebol. Vamos ver se no futuro posso trabalhar em alguma das equipes aí da cidade.
Como ex-atacante, o que você tenta passar para os atletas da sua posição hoje?
Quando você está nervoso a bola dá na canela, não entra de jeito nenhum. É importante ter calma para conseguir fazer o gol, dominar bem a bola e depois concluir. Tento passar isso para os jogadores. O Leandro Kível vem em grande fase, com seis gols em seis jogos, acreditando no que passamos para ele. Espero que os outros vão no embalo
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