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Dupla Atletiba pode se ajudar nas rodadas finais | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Dupla Atletiba pode se ajudar nas rodadas finais| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

A possibilidade do rebaixamento é tão real para o Coritiba que o clube se adiantou ao pedir, sem pudor, uma "forcinha" para o rival Atlético na reta final do Brasileirão. Os dois não se enfrentam em campo, mas os caminhos que conduzem aos objetivos de cada um vão se cruzar nas duas rodadas derradeiras do campeonato.

Veja o que Atlético e Coritiba precisam na próxima rodada

"O Coritiba tem um jogo importantíssimo no domingo contra o Botafogo. Vamos ajudar o Atlético com certeza e vamos ganhar do Botafogo. Daí o Atlético nos ajuda contra o Vasco [na última rodada]", declarou o presidente coxa-branca, Vilson Ribeiro de Andrade, em um tom de brincadeira.

Apesar de a declaração soar despretensiosa, há um interesse nítido. Ganhando do Botafogo, o Coxa encaminha a permanência na elite – pode até escapar, dependendo da combinação de resultados – e tira um concorrente direto do Furacão pela vaga na Libertadores. E, na última rodada, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco e uma vitória paranaense também aumenta o drama de um adversário coxa-branca na luta contra a degola.

Esse "dá e recebe" não interfere somente na vida da dupla Atletiba. A forma como encaram os últimos confrontos pode alterar a classificação final do Nacional, selando o destino de outras equipes.

Foi esse tipo de situação que motivou, em 2011, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a programar clássicos para a última rodada do campeonato. Com rivais se enfrentando, as chances de facilitar ou dificultar confrontos diminuiriam. A medida durou até o ano passado, pois nesta temporada a maioria dos clubes decidiu por extinguir os dérbis na 38.ª rodada.

Na ocasião, em fevereiro deste ano, o Coritiba foi um dos oito times que votaram pela permanência do modelo que durou dois anos. Na outra ponta, o Atlético encorpou o coro de 11 agremiações pela alteração – a Portuguesa não compareceu e perdeu o voto.

Sem os clássicos no fechamento do campeonato, a escalação de equipes mistas ou repletas de reservas tende a aumentar nas equipes sem muitas pretensões, independentemente da motivação dos adversários, que chegam ao final com ambição ou desespero.

Exemplos recentes reforçam esse receio. Em 2009, o Flamengo dependia de uma vitória sobre o Grêmio para ser campeão. O time gaúcho escalou reservas, perdeu por 2 a 1 e confirmou o título rubro-negro – um empate daria a taça ao rival Internacional.

No ano seguinte, Corin­­thians e Fluminense lutavam ponto a ponto pela taça nacional. O time carioca se aproveitou dos confrontos contra os desinteressados e rivais São Paulo e Palmeiras, que já tinham largado o campeonato, e venceu ambas as partidas. Essas vitórias complicaram a vida do Timão, que viu o Flu ser campeão.

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