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Há três meses sem jogar uma partida, o lateral-direito Moacir, do Coritiba, não esconde que os últimos 30 dias têm sido muito difíceis. Resultado de um possível problema cardíaco que o impediu de ser emprestado ao Figueirense e o tirou dos treinamentos diários. Algo trocado por uma bateria de exames que parece não ter fim.

"Está sendo muito doloroso. Estou acostumado a treinar, com a rotina no clube, mas o médico pediu para ficar em repouso", conta o jogador de 28 anos. Uma "boa vida" que ele garante não ter nada de boa. "Passa um filme pela cabeça, mas deixei nas mãos de Deus. Não tem o que fazer".

Com contrato com o Coxa até o final do ano, o jogador tem feito diversos testes, incluindo ergométricos, quando o paciente é avaliado diante de um esforço físico crescente, em esteira rolante, e eletrocardiogramas. No entanto, segundo o departamento médico alviverde, "não há um posicionamento final em relação ao Moacir".

A preocupação não é por acaso. Desde a morte por ataque cardíaco do jogador Serginho, do São Caetano, em um jogo com o São Paulo, em 2004, a maioria dos clubes tem tomado todos os cuidados possíveis diante de novos problemas de coração.

O que não evitou a morte do jovem Wendel, de 14 anos, em 2012, no CT do Vasco, mas afastou diversos jogadores de campo preventivamente, como ocorreu recentemente com o ex-coritibano Éverton Costa no mesmo Vasco.

Enquanto não há um diag­­nóstico definitivo, Moa­­cir segue com esperanças de logo voltar aos gramados. "Pelas conversas que eu tive com os médicos durante os últimos exames as notícias são ótimas. Eu me sinto bem, não tenho cansaço. É ter paciência agora e esperar por uma novidade boa", afirma.

Ele conta que ficou surpreso com os resultados dos exames quando foi se apresentar no Figueirense, após jogar três partidas no Brasileiro pelo Coxa e sair dos planos do técnico Celso Roth durante a Co­­pa do Mundo. Sua última vez em campo foi no jogo contra o Sport, no Couto Pe­­rei­­ra, dia 11 de maio. Em Florianópolis foi detectada uma dilatação na região do miocárdio.

"Em um ano e meio eu fiz esses exames cinco vezes e nunca tinha dado nada", argumenta, crente de que será apenas um obstáculo que precisa ser superado na carreira. "Na pior das hipóteses, não vou precisar parar de jogar. Eu teria de ficar de quatro a seis meses parado apenas. Mas isso traz uma preocupação. Ninguém quer ficar parado."

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