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Goleiro Vitor, do Londrina, um dos destaques do Tubarão para a disputa semifinal contra o Coritiba. | Gilberto Abelha/Jornal de Londrina
Goleiro Vitor, do Londrina, um dos destaques do Tubarão para a disputa semifinal contra o Coritiba.| Foto: Gilberto Abelha/Jornal de Londrina

A semifinal no Estádio do Café neste domingo (12), às 16 horas, reúne os dois últimos campeões estaduais e fortalece uma nova ordem no Campeonato Paranaense. Londrina e Coritiba levam a campo tradição, qualidade técnica e uma rivalidade em ascensão.

Em um cenário esvaziado com desinteresse declarado do Atlético pela disputa regional e a instabilidade do Paraná, o Londrina viu no Estadual a brecha perfeita para consolidar a sua reestruturação. Sob a nova direção do gestor Sérgio Malucelli desde 2011, o Tubarão se tornou a principal força no interior um oponente cada vez mais respeitável ao maior campeão local, o Alviverde.

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Junte-se a isso divergências políticas, jogos decisivos, arbitragens polêmicas e torcidas apaixonadas e tem-se uma semifinal em ebulição.

“Existe uma rivalidade maior desde 2012. Tivemos aquele problema com a arbitragem. Que nos prejudicou demais. E em 2013, mais uma vez sofremos com o árbitro. São situações que criam esse sentimento diferente para o jogo”, afirma Malucelli.

Na primeira ocasião, as reclamações recaíram sobre dois gols anulados do Tubarão e a expulsão do meia Thiago Santos. No segundo, os protestos foram por três pênaltis não marcados, na opinião do LEC. “Vamos jogar assim 150 vezes com o Coritiba e nunca vamos ganhar porque a arbitragem não deixa. Então dá logo o título para eles!”, desabafou Cláudio Canuto, presidente do Londrina à época.

Do outro lado, os jogadores do Coritiba já chamam o confronto de clássico, pela rivalidade recente, e esperam uma grande pressão no Estádio do Café. “Isso é natural, é a rivalidade, vai ter pressão, foguetório um dia antes no hotel, como tem em outros lugares também. Mas o negócio é 11 contra 11. Depois que entra em campo,o juiz não interfere muita coisa, apita para os dois lados”, acredita o atacante Wellington Paulista. “Arbitragem não me preocupa. Eles podem as vezes interferir, mas temos que fazer o nosso trabalho porque é o jogador que decide a partida”, acrescenta o volante Alan Santos.

Há um mês os clubes estavam em lados distintos na disputa pela presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF). O Tubarão apoiava Hélio Cury, enquanto o Coxa se aliou aos coirmãos da capital a favor do desafiante Ricardo Gomyde.

“Recebi o pessoal do Coritiba aqui. E tudo bem. Não fizeram nenhuma pressão. Se vota em quem quiser, o problema é o Atlético, que fez retaliações com outros clubes”, ataca Malucelli, sobre o fim da parceria entre o Rubro-Negro e o Foz do Iguaçu, com a devolução de cinco jogadores emprestados ao time da fronteira.

A campanha foi um dos primeiros contatos de Malucelli com a nova diretoria do Coritiba. Em 2014, ele condicionou a permanência do camaronês Joel – o Cruel – no Alto da Glória, à reeleição de Vilson Ribeiro de Andrade. “Eu expliquei que era amigo dele e tinha esse acerto apalavrado com o Vilson. Não era nada contra o Bacellar”, conta.

Para o zagueiro e capitão Dirceu, ex-Coritiba, o Londrina chega para o confronto com um novo status. “Antes a gente entrava no campeonato buscando um espaço, dessa vez, como fomos campeões, somos o time a ser batido. Sentimos isso em todas as partidas”, afirmou.

Após a classificação emocionando sobre o Maringá nas quartas de final, ele acredita que o LEC conquistou a torcida de vez. Um ingrediente extra para o que ele espera ser um jogão neste domingo.

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