Reunião com conselheiros serviu para acalmar os ânimos dos que criticam o trabalho do vice-presidente de futebol Ernesto Pedroso.| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

Acusado de centralizar as decisões do departamento de futebol do Coritiba, o vice-presidente Ernesto Pedroso garante que o clima nos bastidores foi apaziguado. Um grupo de cinco conselheiros chegou a procurar o presidente Rogério Bacellar um dia depois da derrota para o Internacional (2 a 0, no Beira Rio, dia 7 se junho) para reclamar do trabalho do dirigente. Uma reunião segunda-feira (15) teria acalmado os insatisfeitos.

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Pedroso não fala em rejeição a seu trabalho, mas sim em frustração com a sequência ruim de resultados – derrota na final do Paranaense e 18ª colocação no Brasileiro, na zona de rebaixamento, com apenas três pontos em 21 possíveis. “É a angústia para que as coisas andem bem. São amigos, pessoas cordiais. Não aquela turma que foi ao vestiário no jogo passado”, explicou, referindo-se à invasão de alguns integrantes da organizada Império Alviverde que foram até a porta do vestiário do Couto Pereira para exigir satisfações dos jogadores.

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O dirigente põe na conta da falta de conhecimento de alguns conselheiros sobre como o futebol é conduzido em seu dia a dia. “Algumas pessoas não sabem como é a realidade do dia a dia do futebol. É muito difícil, delicado e exige dedicação e muito trabalho”, contou. Para ele, uma característica pessoa acaba atrapalhando um pouco. “Alguém tem que falar pelo clube, mas sou meio canastrão e falo demais. Mas não é por mal, para me aparecer”, justifica.

A má fase do time também é apontada como culpada por qualquer pressão que possa existir, mas que Pedroso refuta. A interpretação do que é dito em redes sociais é outro problema detectado, mas que foi contornado. “Às vezes a pessoa se dirige a nós de maneira ofensiva e grosseira. Tenho direito de errar e eles também. Quem assume cargo de comando em clube popular está sujeito a isso”, disse.

Todas as decisões do departamento de futebol passam pelo aval de Pedroso, que garante dar a última palavra ao presidente. “Tenho o total apoio da presidência, mas não sou o manda-chuva, o dono da verdade”, garante. Pedroso admitiu os erros que teve em algumas contratações de início de temporada, inclusive apontando uma mudança no perfil das contrações – vide as chegadas de Marcos Aurélio, Kléber e Lúcio Flávio, bem mais experientes.