O futebol paranaense volta onde tudo começou. O jogo deste domingo (26) é um brinde à memória do campeonato estadual. Com trajetórias e estruturas distintas, os dois times mais antigos do estado abrem a decisão regional mais repleta de referências históricas.
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A começar por Ponta Grossa, local do confronto das 16 horas, entre Coritiba e Operário. A cidade é o marco zero do Coritiba, onde oficialmente a instituição surgiu dentro de campo.
O Coxa retorna à região dos Campos Gerais atrás da 38.ª taça. Uma história vitoriosa que seus percussores jamais poderiam prever quando organizaram a viagem de fundação, em 1909.
Os jogadores do então clube Teuto Brasileiro foram de trem aos Campos Gerais para um jogo festivo contra o Tiro Pontagrossense.
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A derrota por 1 a 0 ficou de bom tamanho para aquele grupo despretensioso diante de um time com muitos ingleses “experientes” que estavam no Brasil para a construção da ferrovia que ligava o Rio Grande do Sul a São Paulo.
No centenário do Coxa, comemorado em 2009, o clube organizou a mesma viagem. Marcada pela nostalgia, ex-jogadores, funcionários do clube e torcedores refizeram de trem o caminho embrionário coxa-branca, com direito a um jogo entre os times másters do Coritiba e do Operário.
“Não sabia disso tudo. Deixa o jogo ainda mais importante”, comentou o zagueiro Luccas Claro. Se o passado é desconhecido para um prata da casa como ele, mais ainda para os reforços que tentam escrever a própria história no Coxa..
Já o Operário surgiria em 1912. Como não há uma data específica, foi definido 1.º de maio, então Dia do Operário, “como justa homenagem aos pioneiros da bola em Vila Oficinas, bairro de Ponta Grossa onde se localiza a sede alvinegra”, segundo informa o site do clube, para sacramentar a fundação, que na próxima sexta-feira (1) completa 103.
Ganhou fama pela dificuldade imposta aos adversários em casa. Chegou a passar a temporada inteira de 1914 – um ano antes da primeira edição do Campeonato Paranaense, disputa na qual é fundador –de forma invicta.
Marcas que ajudaram a criar a ‘lenda’ do Fantasma da Vila. Apelido, símbolo do clube e força a qual a equipe recorre para enfrentar o favorito Coritiba neste domingo.
No Germano Krüger o time espera construir uma vantagem. Missão complicada para quem venceu apenas 12 dos 71 confronto, além de 15 empates. Mas talvez a única alternativa para buscar no Couto Pereira a maior façanha da centenária história alvinegra.
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