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Recuperado de uma pancada nas costas, o zagueiro Leandro Almeida volta hoje ao time titular do Coritiba | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Recuperado de uma pancada nas costas, o zagueiro Leandro Almeida volta hoje ao time titular do Coritiba| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Lesões causam prejuízo de R$ 8,7 milhões

Leonardo Mendes Júnior

O Coritiba gastou, em 2012, R$ 8,7 milhões com jogadores que estavam no departamento médico. O número, informado à Gazeta do Povo pelo presidente Vilson Ribeiro de Andrade, dimensiona o prejuízo com as sucessivas contusões. Uma soma equivalente a 21,7% dos R$ 40 milhões gastos em pessoal, benefícios e encargos de todo o departamento de futebol profissional e das categorias de base na temporada passada, segundo o balanço patrimonial alviverde.

"Fizemos esse cálculo considerando o salário pago durante toda a paralisação e o custo do departamento médico. Um dinheiro gasto sem que o jogador disputasse um minuto sequer de uma partida", explicou o dirigente.

Ano passado, o Coritiba chegou a ter durante o Cam­peonato Brasileiro 20% do elenco entregue ao departamento médico. Na época, Andrade questionou os profissionais da área sobre o alto índice de lesões. Saiu convencido com a explicação dos especialistas do clube, baseada no elevado número de partidas do calendário nacional.

"No futebol brasileiro de hoje, você tem um índice maior de lesão que o futebol europeu. Na Europa o normal é de 8% do elenco machucado por jogo. No Brasileiro é de 12%. Isso é explicado pelo número de partidas. O Coritiba jogou 82 vezes em 2012 e o Bayern de Munique, campeão da Liga dos Campeões, jogou 60", comparou o dirigente.

Para o jogo contra o Cri­­ciúma, hoje, o Coritiba tem um índice maior ainda de con­­tusões. Dos 40 jogadores do elenco, 10 estão entregues ao departamento médico: o zagueiro Chico, os volantes Sérgio Manoel (não joga mais em 2013) e Willian, os meias Alex, Robinho e Lincoln, o lateral Jackson, os atacantes Anderson Aquino, Deivid e Rafhael Lucas. Exceto Rafhael (se machucou no Paranaense), Aquino e Jackson (os dois fora desde o ano passado), os outros sete se machucaram em agosto, mês que o Coxa fechará com dois jogos por semana.

Para evitar que o problema se repita em 2014, o clube planeja realizar 30 dias de pré-temporada. Com isso, entregaria as primeiras rodadas do campeonato estadual a um elenco mesclado de jogadores sub-20 e sub-23.

O Coritiba vai experimentar hoje o que é jogar no pior horário possível do futebol brasileiro: 21 horas de sábado. Partidas nesse horário não pesam tanto para os jogadores, acostumados a entrar em campo, por exemplo, às 21h50. Mas já provaram ser repelentes de torcida. Não deve ser diferente na noite de hoje, quando o Coxa enfrenta o Criciúma, no Estádio Heriberto Hulse, na cidade catarinense.

Criado em 2011 sob a justificativa de atender à demanda do mercado asiático pelo Brasileirão, a agenda noturna no sábado não deslanchou até agora. Na atual edição, sete "jogos da balada" foram realizados. E os times que mandaram as partidas viram cair a quantidade de torcedores nas arquibancadas. A CBF até tentou "mascarar" essa queda colocando o Corinthians – dono da maior média público – em duas rodadas. Não adiantou.

Todos os embates realizados às 21 horas de sábado tiveram públicos inferiores à média dos clubes sem os jogos em questão. No geral, 11.441 foi a média de pagantes nas sete partidas realizadas no horário indesejado. Número menor que os 14.493 de todos os outros horários e dias.

Bom para o Coritiba que o mandante da noite é o Criciúma. Detentor de uma média de 12.104 pagantes por duelo no Heriberto Hulse, o Tigre provavelmente verá esse número diminuir, ainda mais pela fase que atravessa: está na zona de rebaixamento e demitiu ontem o técnico Vadão – Sílvio Criciúma assume temporariamente.

A redução no apoio hoje pode servir de alavanca para o Alviverde retornar ao G4 – precisa vencer e torcer por dois tropeços nos jogos de Atlético, Corinthians e Grêmio. No entanto, o técnico Marquinhos Santos faz um alerta em relação à mudança de comando no adversário.

"O principal fator quando há essas situações é a motivação momentânea, que funciona para um ou dois jogos. Teremos de aumentar o grau de preocupação, pois estamos enfrentando o atual campeão catarinense em sua casa", comentou.

E o treinador vai novamente precisar remendar o Coritiba. Com vários desfalques, deve sair com três volantes desde o início (Júnior Urso, Marcos Paulo e Gil) e estrear uma dupla de ataque Vitor Júnior e Arthur.

Lance a lanceCriciúma x Coritiba, às 21 hwww.gazetadopovo.com.br/esportiva

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