O técnico Péricles Chamusca usou palestras e muita conversa para devolver a confiança ao time – consolidada com os triunfos sobre Cruzeiro e Grêmio| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo
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As vitórias sobre Cruzeiro e Grêmio tiveram um efeito colateral importante no elenco do Coritiba. Além de turbinarem a pontuação do Alviverde para se distanciar da zona de rebaixamento – a diferença pulou de dois para sete pontos –, proporcionaram a recuperação do ânimo até então abalado no Alto da Glória. Ingrediente essencial na luta para permanecer na elite do Brasileirão.

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O ambiente mudou, visivelmente. As caras amarradas deram lugar às tradicionais brincadeiras entre os jogadores, assim como os sorrisos. Até as palavras escolhidas nas entrevistas coletivas estão mais leves e positivas.

"Mudou completamente o ambiente. Vínhamos só de derrotas, estava complicado, até o sorriso estava meio sem graça. As vitórias mudaram tudo e pretendemos seguir vencendo para o ambiente continuar desse jeito", comentou o meia Robinho, que foi além: "O sorriso voltou, estou muito feliz", reconheceu.

Para o técnico Péricles Chamusca, faltava apenas o resultado. Quando ele assumiu a equipe, pós-derrota para o Itagüí no Couto Pereira – que custou o emprego do ex-treinador Marquinhos Santos –, encontrou jogadores cabisbaixos e sem motivação.

Algumas ações internas foram realizadas, como palestras motivacionais e muitas horas de conversa. Até mesmo a psicóloga do clube, Flávia Focaccia, foi acionada em alguns momentos para ajudar na recuperação anímica dos jogadores.

Com esse trabalho, o treinador aos poucos foi sentindo os atletas mais confiantes, mas ainda precisando de um choque positivo capaz de alterar o rumo das coisas. Os triunfos contra a Raposa e o Tricolor gaúcho foram os gatilhos dessa mudança.

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"A melhor coisa para melhorar o ambiente é a vitória. É isso que finaliza qualquer momento ruim emocional. E naturalmente com isso vem o processo de crescimento de confiança e uma bola de neve positiva", disse Chamusca.

A ideia dos jogadores era de que chegassem a esse ponto do Nacional brigando por uma vaga na Libertadores. As circunstâncias abortaram esse projeto e a luta agora é outra. Apesar da tristeza de precisar mudar o objetivo inicial, os jogadores já superaram isso e só querem terminar bem o ano.

"O elenco montado foi para conquistar títulos e chegar à Libertadores, mas sofremos durante o campeonato. A realidade nossa agora é brigar para terminar bem. Fico triste, mas vamos brigar jogo a jogo para ver o que acontece", fechou Robinho.