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Djalma Santos foi enterrado com a bandeira do Palmeiras, um dos três times que o lateral defendeu | L. Adolfo / Folhapress
Djalma Santos foi enterrado com a bandeira do Palmeiras, um dos três times que o lateral defendeu| Foto: L. Adolfo / Folhapress

Com muito frio, diferente do habitual para a região do Triângulo Mineiro, foi enterrado na tarde desta quarta-feira o corpo do ex-jogador Djalma Santos, em Uberaba. Aos 84 anos, o lateral-direito (considerado o maior jogador da posição de todos os tempos) morreu na noite anterior após ficar mais de 20 dias internado devido a uma pneumonia que, agravada por complicações renais, culminou em parada cardiorrespiratória.

Em Uberaba, cidade em que o bicampeão mundial (58-62) escolheu para viver nos últimos 30 anos, foi decretado luto oficial de três dias. O velório, realizado na Câmara Municipal, atraiu um grande número de pessoas desde a meia-noite. Amigos, parentes, fãs e ex-jogadores muitos deles de outras cidades, foram se despedir, mesmo diante da dificuldade de transporte ocasionada pelo fechamento do aeroporto local, por causa do mau tempo.

O velório começou com uma bênção do padre local, sendo alternadas sobre o caixão bandeiras como a do Brasil, de Uberaba e do Palmeiras, clube que ainda mandou uma coroa de flores, assim como várias outras instituições esportivas, caso da CBF.

Autoridades também prestaram homenagens, como a presidente da República, Dilma Rousseff, que enviou flores e divulgou nota lamentando o falecimento do ex-lateral-direito. Ela esteve com Djalma Santos em maio passado durante a Expozebu, evento tradicional de Uberaba. "Foi emocionante vê-lo na cerimônia abraçado a Pelé, exemplos de hoje e sempre", relembrou.

A mulher do ex-jogador, Esmeralda Silva, assim como a sua única filha, Laura - de outro casamento -, eram consoladas pelos parentes e os muitos amigos de Djalma Santos. Sem contar sua importância para o futebol brasileiro, com a conquista de duas Copas do Mundo, ele também fez história em Uberaba com projetos esportivos voltados ao social. Luciano Soares, o "Mineirinho", assessor direto e que convivia com o craque há mais de 40 anos, resumiu o amigo: "Ele foi tão grande como pessoa assim como foi no campo".

A pedido da viúva, os últimos 30 minutos do velório foram reservados apenas aos familiares e amigos mais próximos. Depois disso, o caixão foi fechado e levado sob aplausos para o carro do Corpo de Bombeiros, que seguiu em cortejo pelas ruas de Uberaba até parar em frente ao estádio Engenheiro João Guido.

Lá, uma homenagem emocionante foi feita pelos alunos do projeto "Bem de Rua, Bom de Bola", que Djalma desenvolveu na cidade. Por fim, o corpo foi levado ao Cemitério São João Baptista e enterrado já no final da tarde com o caixão sendo coberto por uma bandeira do Palmeiras.

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