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O anúncio feito nesta quarta-feira (2) pela Federação Paulista de Futebol (FPF) de que os dois jogos da final do Paulistão serão disputados no Morumbi certamente não agradou à maior parte dos torcedores do Guarani, que esperavam ver o time voltando a disputar um título estadual em seu estádio após 24 anos. Porém, o clube de Campinas acabou sendo obrigado a se conformar com o estádio são-paulino como palco do jogo de ida e também de volta da decisão.

Presente na reunião ocorrida na sede da FPF na manhã desta quarta, o presidente do Guarani, Marcelo Mingone, ressaltou que tentou fazer tudo o que podia para garantir a realização do jogo de ida da final no Brinco de Ouro e não escondeu certa indignação, mas não teve como brigar contra a vontade da própria entidade de usar o Morumbi nos confrontos da decisão.

"Eu batalhei até onde deu para fazer o jogo no Brinco, mas, como o mando é da federação, acatamos a decisão", afirmou o dirigente que ao menos poderá ver o seu clube faturar mais em bilheteria com os dois jogos finais no Morumbi. E isso em meio a um momento de grave crise financeira vivida pelo time.

A FPF anunciou nesta quarta que a renda e o número de ingressos dos dois jogos da final serão divididos pelos dois clubes, mesmo que o Santos venha a comprar bilhetes que os torcedores do Guarani não consigam adquirir e sejam repassados aos santistas. E a entidade defendeu a maior comodidade oferecida pelo Morumbi para justificar a sua decisão de marcar os dois jogos para o estádio do São Paulo.

"Sugerimos aos clubes a realização dos dois jogos no Morumbi para atender à necessidade de conforto de um público que estará nos dois principais jogos do campeonato", afirmou Marco Polo del Nero, presidente da FPF.

Já o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, comentou de forma no mínimo curiosa o fato de o Morumbi ter sido escolhido como palco das finais do Paulistão. Ele apontou possíveis problemas de locomoção da equipe de Muricy Ramalho em sua viagem da Baixada Santista até o estádio são-paulino, deixando em segundo plano o fato de que poder jogar dois jogos em São Paulo representa uma vantagem ao time, que deverá contará com maioria de torcedores nas arquibancadas nos dois duelos decisivos.

"Nós entendemos da dificuldade da torcida do Guarani. Nesse ponto, o Santos levou vantagem, pois estamos a 65 quilômetros de distância de São Paulo, enquanto Campinas está a 100. Mas tem que levar em conta que enfrentaremos a neblina na Serra do Mar", disse o dirigente, sem tom irônico, já prevendo que o ônibus que transportará a delegação santista sofrerá com condições climáticas adversas durante o trajeto até a capital paulista.

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