O franco argelino Mohamadou Lamine Fofana, 57, apontado pela polícia como suspeito de ser chefe de uma quadrilha de venda de ingressos ilegal para jogos da Copa do Mundo, deixou a prisão no início da tarde desta sexta-feira (15).
Fofana foi beneficiado por uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello que na última sexta (8) concedeu um habeas corpus a outras nove pessoas presas desde 1º de julho, no Rio.
O franco argelino não falou com a imprensa ao deixar a unidade prisional, localizada na zona oeste do Rio. O advogado do franco argelino, Gustavo Teixeira, disse que seu cliente não comentará o caso.
O Ministério Público disse que não pretende recorrer da decisão e que as investigações ainda estão em andamento.
De acordo com o delegado Fábio Barucke, da Polícia Civil do Rio, Fofana era o operador do esquema de venda ilegal de ingressos fazendo a ligação com o executivo da empresa Match, única autorizada pela Fifa a comercializar bilhetes para a Copa, Raymond Whelan, e os cambistas que vendiam os bilhetes na porta dos estádios.
Segundo a polícia, o grupo ainda venderia ingressos para clientes que comprassem pela web ou através de duas agências de viagem em Copacabana, zona sul do Rio.
A polícia informou que o grupo atuava desde o Mundial da França, em 1998. Os policiais calculam que a quadrilha poderia movimentar até R$ 200 milhões por Copa. Há a suspeita de que Fofana e os chefes do esquema pudessem lucrar cerca de R$ 1 milhão por jogo.
Em 1º de julho passado, 11 pessoas foram presas por suspeita de integrarem o esquema. O delegado Barucke e seus policiais dizem que há provas de que Fofana obtinha ingressos vips fornecidos como cortesia a patrocinadores, organização não-governamentais (ONGs), além de bilhetes destinados à comissão técnica e jogadores da seleção brasileira.
O grupo negociaria, de acordo com a polícia, bilhetes de camarotes e de entradas para assentos superiores.
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