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Uma das últimas partidas da história do Pinheiros: derrota por 2 a 1 para o Operário (MT) | Arquivo Gazeta do Povo
Uma das últimas partidas da história do Pinheiros: derrota por 2 a 1 para o Operário (MT)| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Colorado

No dia 12 de julho de 1989, o Colorado chegava ao fim de forma melancólica, ao emptar por 3 a 3 com o Coritiba para escapar do rebaixamento no Paranaense. Em dezembro daquele ano, uniria-se ao Pinheiros, dando origem ao Paraná.

Lembre como foram os últimos momentos do lendário "Boca".

  • Uma das últimas partidas da história do Pinheiros: derrota por 2 a 1 para o Operário (MT)
  • Zagueiro Índio em uma das últimas partidas da história do Pinheiros, na derrota por 2 a 1 para o Operário (MT)
  • Uma das últimas partidas da história do Pinheiros: derrota por 2 a 1 para o Operário (MT)
  • Uma das últimas partidas da história do Pinheiros: derrota por 2 a 1 para o Operário (MT)

Há 25 anos, o Pinheiros jogava a última partida de sua história. Num sábado à tarde, o time da Vila Guaíra despediu-se melancolicamente da bola. Com a Vila Olímpica praticamente vazia, terminou batido por 1 a 0 pelo Foz, no Brasileiro da Divisão Especial, o equivalente à Segunda Divisão.

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Naquela altura, o clube bicampeão estadual (1984 e 87) já não tinha mais futuro. "Na metade do ano, nós fomos avisados pela direção de que não deveríamos contar com qualquer investimento. Montamos o elenco do jeito que foi possível", relembra Paulo César Silva, diretor de futebol na época.

A dúvida era qual destino tomar. Atlético e Coritiba assediavam os pinheirenses com propostas de fusão. Ambas rechaçadas, pois, na prática, eram desejos de incorporação do patrimônio azul – tanto rubro-negros quanto alviverdes pretendiam manter suas cores e nome.

Foi quando o Colorado surgiu na jogada. Em grave crise financeira, e após quase ter sido rebaixado no Paranaense, o Boca-Negra acenou com uma união na tentativa de criar uma terceira força. Ao término daquela temporada, no dia 19 de dezembro, nascia o Paraná.

"Foi a melhor alternativa. O Pinheiros possuía um patrimônio, estava bem financeiramente, e o Colorado tinha torcida. Nós não tínhamos", recorda Aramis Tissot, cartola pinheirense na ocasião e, posteriormente, primeiro presidente do Paraná.

A falta de apoio popular era fonte de gozação dos rivais, que se referiam à torcida do apelidado Leão como "os 16 do Pinheiros". Nos clássicos e nas rodadas duplas disputadas no Couto Pereira – como na fase final do Estadual de 1984 – restava aos pinheirenses sempre a porção menor das arquibancadas.

"Sem ganhar dinheiro com público nos jogos era complicado fazer futebol. Antigamente, as rendas eram ainda mais importantes do que atualmente. Diante disso, o dinheiro tinha de vir do caixa do setor social", complementa Tissot.

Nos anos 80, o Pinheiros era uma potência entre os clubes sociais de Curitiba. Contava com mais de 30 mil sócios. Contingente formado por adeptos de todos os times da capital que pagava em dia e entupia as piscinas e os salões da sede da Av. Presidente Kennedy.

Por causa disso, grana não era o principal problema. "Fui formado no Pinheiros e sempre recebíamos em dia. Ninguém tinha grandes salários, era muito diferente de hoje, mas pagavam certinho. E a estrutura era ótima", conta Maurílio, ponta-direita daquele time.

Ídolo do Paraná nos anos 90, o então jovem Maurílio entrou no segundo tempo do embate derradeiro com o Foz. Não lembra de nada. "Faz muito tempo, né", diz. Nem mesmo do gol de Curê, no finalzinho, o tento que encerrou com revés os 18 anos do Pinheiros.

Últimos momentos do Pinheiros

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