Dirigente vai ouvir Felipão sobre o futuro da seleção
Ao assumir a coordenação das seleções, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi promete que vai abrir o debate sobre o futuro da seleção, ouvindo ex-jogadores e técnicos.
"Para formar o plano da nossa filosofia, vou conversar com ex-jogadores, treinadores. O momento é de ouvir. E pegar essa experiência", afirma.
Entre os que serão ouvidos por Gilmar, estão os ex-integrantes da comissão técnica, demitida após o vexame na Copa.
"Vou conversar com as pessoas que saíram. Tenho uma relação muito boa com todos. Felipão é meu amigo, Parreira foi meu grande comandante em um grande título, doutor Runco foi meu médico quando eu era jogador", afirma Gilmar. (MXV)
Saiba quem é Gilmar Rinaldi
Gaúcho de Erechin, Gilmar Luís Rinaldi, 55 anos, começou a carreira como goleiro no Internacional em 1978. Foi tetracampeão gaúcho de 1981 a 1984.
Foi o goleiro titular na conquista da medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, ao lado de Dunga, com quem conquistaria o tetra dez anos depis.
Na sequência, se transferiu para o São Paulo, onde foi campeão brasileiro em 1986.
Em 1991, se transferiu para o Flamengo, onde foi campeão carioca de 1991 e brasileiro de 1992. Pelo clube carioca, retornou à seleção e era o terceiro goleiro na conquista do Mundial de 1994, nos Estados Unidos.
Na Copa de 1998, Gilmar foi um dos olheiros do técnico Zagallo, com a missão de avaliar os adversários do Brasil. No ano seguinte, se aposentou dos gramados e se tornou superintendente de futebol do Flamengo por dois anos, assumindo então a carreira de agente de jogadores.
Como empresário de jogadores, impulsionou a carreira internacional na Itália e na seleção do atacante Adriano, até os problemas do Imperador chegarem a um ponto em que ambos romperam. Gilmar exerceu a função por 14 anos. Ele garante que a antiga função não influenciará em nada no exercício do cargo na CBF.
"A minha atividade [de empresário], que exerci por 14 anos, já não existe mais. Meu foco agora é único e exclusivo a seleção brasileira. É um lugar que me sinto bem e me sinto em casa. Sei das dificuldades que vamos encontrar e estou disposto a fazer de tudo para responder a essa expectativa", garante. (MXV)
O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, reserva na conquista do tetra na Copa de 1994, é o novo coordenador das seleções brasileiras (que inclui, além da principal, as equipes de base e femininas). Ele substitui Carlos Alberto Parreira, que ocupava o cargo exclusivamente com a equipe principal.
Enquete: Gilmar está preparado para fazer as mudanças necessárias na seleção? Opine!
Apresentado pelo presidente da CBF, José Maria Marin, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (17), no Rio de Janeiro, Gilmar terá como principal missão escolher o novo técnico da seleção, no lugar de Luiz Felipe Scolari, demitido após o vexame na Copa de 2014. Segundo Marin, o novo treinador deve ser apresentado na próxima terça-feira (22), após definições que serão tomadas no fim de semana.
"O treinador vai ter algumas coisas muito normais [da função] e outras que daremos um direcionamento diferente. Uma das coisas é estudar, se atualizar. Vamos viajar muito. Além de jogos, vamos ver treinos, que é onde se vê coisas diferentes. Vamos conversar com outros treinadores. Não precisamos copiar ninguém, mas temos que adaptar esses méritos para o nosso estilo e nossa cultura, vendo o que é possível e o que não é possível implantar à nossa realidade", afirma o novo coordenador.
Entretanto, Gilmar já descartou a possibilidade de um técnico estrangeiro no comando da equipe nacional. "Não é o momento [de trazer um treinador de fora]. É o momento de buscarmos na nossa casa quem tenha um profundo conhecimento da nossa realidade, dos nossos problemas e das nossas qualidades. Até porque, o tempo que temos não é tão grande assim. Temos que definir esse nome logo", explicou o novo coordenador.
Sobre a possibilidade de o novo treinador ser o ex-corintiano Tite, Gilmar desconversou. "Temos muitos treinadores capacitados. Não vou falar individualmente de nenhum nome. Mas estamos buscando o maior equilíbrio para escolher esse nome", afirma.
Filosofia
Gilmar promete implantar uma nova filosofia no comando diretivo da seleção. Entre as mudanças, o novo dirigente quer um novo método de trabalho, estruturado na formação de jogadores nas categorias de base e no relacionamento com os treinadores dos clubes.
Na base, Alexandre Gallo, que foi olheiro de Felipão na Copa, será mantido na coordenação das categorias de base. O objetivo é reforçar a formação dos garotos para que no futuro sirvam a equipe principal.
"Queremos uma nova forma de ver as coisas, partindo das seleções do Gallo. Temos que avançar algumas coisas que a comissão antiga não teve tempo de fazer. Agora temos tempo para fazer uma série de coisas. E a prioridade é a base, prioridade no coletivo, não no individual. Nós sempre tivemos os talentos fora de série, desde a minha época, mas agora temos que olhar para o coletivo", afirma o novo dirigente.
Com os treinadores de clubes, Gilmar quer que eles também melhorem suas formações para que isso se reflita na melhoria técnica e tática dos jogadores que podem servir a seleção. "Vamos viabilizar esse intercâmbio de treinadores de clubes com o que acontece lá fora", explica.
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