• Carregando...
Presidente Dilma Rousseff recebeu presidentes de 12 grandes clubes brasileiros nesta sexta-feira em Brasília | Marcelo Camargo / Agência Brasil
Presidente Dilma Rousseff recebeu presidentes de 12 grandes clubes brasileiros nesta sexta-feira em Brasília| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Após reunião com representantes de 12 dos principais clubes do futebol brasileiro, a presidente Dilma Rousseff decidiu criar uma comissão para fazer modificações na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte e apresentá-las para votação no Congresso Nacional em setembro. Ainda não foi decidido se a proposta será transformada em Medida Provisória.

O encontro desta sexta-feira (25) em Brasília também teve a participação dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Esporte, Aldo Rebelo, além do assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Ficou decidido que a comissão será formalizada até o final da próxima semana e reunirá, além dos clubes, representantes dos ministérios da Fazenda, do Esporte e da Advocacia-Geral da União (AGU). O governo gostaria de encaminhar as modificações em agosto, mas, devido ao calendário eleitoral e o esvaziamento do Congresso no período, sabe que a proposta só será analisada após as eleições.

Dilma ouviu as sugestões dos dirigentes e se comprometeu a acelerar a aprovação do projeto que pretende refinanciar as dívidas fiscais. O argumento dos cartolas é de que os clubes vivem uma situação de calamidade financeira, com dívida superior a R$ 2,7 bilhões, e que o refinanciamento seria o primeiro passo para evolução do futebol brasileiro. "Tem clube que não chega ao final do ano se esse projeto não for votado", disse o secretário nacional de futebol e defesa dos direitos do torcedor, Antonio Nascimento.

A Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte é um substitutivo ao projeto do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) que prevê o refinanciamento, em 25 anos, das dívidas com INSS, Imposto de Renda, FGTS, Timemania e Banco Central. Mas, para terem direito ao benefício, os clubes precisam se comprometer com obrigações como apresentação de certidões negativas de débito um mês antes de competições, sob pena de rebaixamento. Entre as contrapartidas ainda está a obrigatoriedade do pagamento dos salários de atletas e funcionários em dia, além do controle do déficit financeiro da instituição.

O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, se mostrou satisfeito ao final do encontro. "A presidenta está extremamente comprometida em resolver com urgência essa situação. "Tem de definir qual é a condição mais favorável, mas acho que pode ser sim por Medida Provisória", completou.

Para o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, é importante não sobrecarregar o orçamento das agremiações. "Não é uma anistia, e sim um parcelamento que não comprometa a saúde financeira dos clubes. Se você começa a cobrar parcelas muito altas, [o clube] começa a ter de tomar empréstimo para pagar as dívidas fiscais. O caso é alongar o máximo para que os clubes possam, dentro do seu dia a dia, pagar as dívidas."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]