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Galvão Bueno ganhou nesse ano dois reforços de peso na equipe de comentaristas: Ronaldo e Rubens Barrichello | Renato Rocha Miranda / TV Globo
Galvão Bueno ganhou nesse ano dois reforços de peso na equipe de comentaristas: Ronaldo e Rubens Barrichello| Foto: Renato Rocha Miranda / TV Globo

Próximo de narrar sua décima Copa do Mundo, 40 anos depois da estreia em 1974, na Alemanha Ocidental, Galvão Bueno enfatiza que não vai se aposentar após o Mundial do Brasil. Ao contrário do que deu a entender no fim da Copa de 2010, o principal narrador do país não vai pretende parar.

Em rápida entrevista no lançamento da programação da TV Globo, Galvão, que atualmente mora em Mônaco, afirma que pretende voltar a morar em Londrina, onde fixou residência e conheceu a atual esposa em 2000. O narrador também enfatiza os reforços que a Globo trouxe para a equipe de comentaristas nesse ano: Ronaldo Fenômeno e Rubens Barrichello.

A principal novidade nas transmissões esportivas deste ano da Globo foi a contratação de dois comentaristas de peso: Ronaldo no futebol e Rubens Barichello na Fórmula 1. Como será trabalhar com eles?Estou muito feliz com os nossos reforços, porque eu tive a felicidade de ser a voz que contou toda a trajetória deles, as vitórias do Rubinho, os gols do Ronaldo, as conquistas e decepções do Rubinho, as alegrias e tristezas do Ronaldo. Tê-los agora comigo é uma coisa muito bacana, muito diferente. É muito legal ter o Rubinho na Fórmula 1, com todo o conhecimento dele, e o RRRRonaldinho no futebol. Falando em automobilismo, deve ser uma emoção e uma apreensão muito grande ser pai de dois pilotos – Cacá e Popó Bueno.Desde pequenos eles adoram o automobilismo, e graças a Deus são muito bons. São multicampeões, o Cacá esteve na França para o Campeonato Mundial de Gran Turismo, que ele vai disputar pela equipe oficial da BMW, o Popó por sua vez teve a carreira toda na Europa, agora está na stock car. O automobilismo é a nossa vida, eles cresceram com o esporte dentro de casa, conviveram com o Ayrton Senna. E é o que eles amam fazer. É perigoso? É. O coração bate mais forte? Bate. Mas é o que eles mais gostam de fazer, se sentem felizes assim e eu me sinto feliz com isso.

Afinal, você gosta mais de futebol ou de corrida?Sempre me perguntam isso, e de sacanagem eu respondo que é basquete!

Você vai mesmo se aposentar depois da Copa no Brasil, conforme deu a entender no fim da transmissão do Mundial de 2010?As pessoas entenderam errado. Eu estava encerrando a Copa da África, e me veio um filme na cabeça, desde a primeira Copa do Mundo que narrei, em 1974, na Alemanha. A próxima seria em 2014, 40 anos depois, e no Brasil. De verdade, eu não me vejo narrando a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Posso estar fazendo outra coisa, sei lá, mas naquele momento eu me vi fazendo a minha última Copa como narrador no Brasil. Mas em nenhum momento eu disse que iria me aposentar. A pessoa se aposentar é o início da morte, ainda mais para quem trabalha com arte ou é comunicador, ao se aposentar você acabou. Eu vou trabalhar em televisão até o último fio de força que eu tiver.

Além do trabalho na televisão, você também tem tido sucesso em outros ramos – criação de animais, vinhos etc. Como faz para conciliar essas atividades?Eu me entrego de corpo e alma em tudo o que eu faço, mas é claro que a minha atividade principal é e sempre será a televisão. É a minha paixão, eu digo que a coisa mais importante na minha vida é a minha família – minha mulher, minha mãe, meus filhos, meus netos –, e depois o meu trabalho na televisão. E agora também surgiu essa paixão pelos vinhos, a criação de cavalos e de touros. Tenho uma vinícola no Sul, uma participação na Globo Wines e outra pequena vinícola em Montaltino, na Itália, além de duas fazendas de criação de gado perto de Londrina.

Por falar em Londrina, você tem casa lá, mas hoje mora em Mônaco. Pretende voltar algum dia?Há cinco anos eu estou morando na Europa, porque é mais fácil para o meu deslocamento na Fórmula 1 e nos jogos da seleção. Na maior parte do ano o meu trabalho é na Europa, na Ásia, no Oriente ou nos países árabes, e Mônaco é mais perto. Mas já está chegando a hora de voltar. Acho que no fim deste ano eu volto para o Brasil e para a minha base, que é a minha casa de Londrina. Quando nos mudamos, fomos eu, a Desirée [esposa], e os nossos filhos Leo e Lucca. O Leo já está na universidade nos Estados Unidos. O Lucca foi alfabetizado em inglês e francês, acho que já está na hora de ele voltar para nossas origens, estudar um pouquinho de português, curtir nossa casa aqui.

Qual a sua ligação com Londrina e o Paraná?A minha história em Londrina começa no Pré-Olímpico de 2000. Eu fui até lá para fazer a cobertura, conheci a Desirée, nos apaixonamos e moro lá desde então. Nós casamos em novembro de 2000, e eu fui morar em Londrina. Temos dois filhos londrinenses, pés-vermelhos [Leo, filho do primeiro casamento de Desirée, e o caçula, Lucca], e também tenho duas fazendas de gado lá perto. A minha relação com a cidade é muito boa, tenho amigos queridos e sou muito feliz lá.

Essa identificação se estendeu ao futebol? Você é torcedor do Tubarão?Eu não torço para ninguém.

Você não é Flamengo?Eu sou só Flamengo.

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