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Godin comemora único gol do Atlético de Madrid na final | Kai Pfaffenbach / Reuters
Godin comemora único gol do Atlético de Madrid na final| Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters

O domingo é de indigestão para o Atlético de Madrid, que no sábado sentiu o gosto mais amargo de uma grande temporada, a derrota em uma final da Liga dos Campeões em que esteve a dois minutos da vitória, mas que ao menos pode se orgulhar de ter voltado a vencer o Campeonato Espanhol após 18 anos.

Um instante - a cabeçada de Sergio Ramos nos acréscimos - "triste" e "trágico" para as aspirações do Atlético, em sua primeira aparição em uma final de Ligados Campeões desde 1974, nas palavras dos próprios jogadores.

O gol do defensor do Real Madrid e os três marcados pelo arquirrival na prorrogação tirou deles um sonho alimentado jogo a jogo, com uma campanha invicta - foram nove vitórias e três empates até a decisão no Estádio da Luz, em Lisboa.

"Voltaremos" também foi uma palavra repetida nas últimas horas pelos atletas. Uma tentativa de aliviar o sofrimento causado por um dos quatro únicos gols sofridos nas 61 partidas da temporada. Nenhum time espanhol jogou mais vezes.

Foi um ano formidável - de futebol, gols, intensidade, fé, força defensiva, solidariedade, trabalho coletivo e contra-ataque na história do clube - e que termina com apenas sete derrotas em todos os compromissos oficiais pelo Espanhol, pela 'Champions', pela Copa do Rei e pela Supercopa da Espanha.

Um percurso de nove meses quase sem pausas nem descansos, no qual só sucumbiu diante do Real Madrid, em três ocasiões, duas na Copa do Rei e uma na noite deste sábado, além de Almería, Osasuna, Espanyol e Levante. Foram 42 vitórias e 12 empates, marcou 116 gols e sofreu 45.

Diego Costa, que participou de apenas nove minutos do jogo deste sábado, foi o artilheiro, com 36 gols, 27 deles pelo Espanhol, oito na Liga dos Campeões e um na Copa do Rei. Os outros artilheiros do time foram Raúl García (17 gols), David Villa (15), Arda Turan (9) e Diego Godín (8). Foram 106 gols marcados, a melhor marca do clube em toda a história.

A defesa também foi muito bem, e o belga Thibaut Courtois foi o goleiro menos vazado do Espanhol pela segunda temporada consecutiva, com 26 gols sofridos, sete a menos que a do Barcelona, segunda colocada nesse quesito.

Na melhor temporada de sua história em número de pontos e de vitórias, a equipe 'rojiblanca' foi a única em dez anos a superar Barcelona e Real Madrid ao mesmo tempo no pódio do Campeonato Espanhol. Perdeu a Supercopa da Espanha com dois empates, foi à final da 'Champions' e às semifinais da Copa do Rei.

"Estejam orgulhosos da extraordinária temporada que o Atlético de Madrid fez. Escapou de nós algo maravilhoso, mas quando se dá tudo de si, não há porque se queixar. Vamos curar as feridas, manter a união, e no ano que vem continuaremos incomodando e competindo", disse o técnico Diego Simeone à torcida no momento mais amargo de uma temporada que ficará na história dos 'colchoneros'.

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