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Dunga reassumiu a seleção nesta quarta-feira | Mowa Press
Dunga reassumiu a seleção nesta quarta-feira| Foto: Mowa Press

Nesta terça-feira (22), a CBF apresentou Dunga como o novo técnico da seleção brasileira. Essa é a segunda passagem do treinador na equipe nacional. A Gazeta do Povo listou três motivos para acreditar e outros três para se desconfiar do trabalho dele.

Por que acreditar?

NúmerosOs números de Dunga na primeira passagem dele pela seleção brasileira foram expressivos. Sob seu comando, o Brasil acumulou 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas – um aproveitamento de 76,6%. Ele tem no currículo a conquista da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009, além da medalha de bronze na Olimpíada de Pequim, em 2008. "Os meus números foram os indícios que o presidente [José Maria] Marin usou para me chamar de volta", disse o treinador na coletiva em que foi apresentado, nesta terça.

Perfil disciplinador e competitivoComo jogador, Dunga sempre se destacou pelo perfil de liderança. Quando assumiu a seleção brasileira, transferiu o pulso firme para o papel de treinador, exigindo disciplina de seus comandados. Gosto de trazer o grupo para si, montando equipes competitivas. "O Brasil tem jogadores de grande talento, mas temos que aliar talento a trabalho, humildade e equilíbrio emocional", afirmou Dunga.

ArrependimentoNesta terça, Dunga admitiu que teve atitudes equivocadas durante a primeira passagem dele no comando da seleção, especialmente no relacionamento com a imprensa. O treinador garantiu estar disposto a rever determinadas posturas. "Dificilmente uma pessoa muda em relação a comprometimento, ética e trabalho, mas sei que tenho que mudar algumas coisas", declarou Dunga. Além disso, afirmou que está aberto a críticas e sugestões: "Eu vou estar pronto para ouvir tudo que for em prol da seleção brasileira".

Por que desconfiar?Relutância em apostar em jovens talentosDunga deixou bem claro que os jogadores convocados por ele serão escolhidos pelo que podem fazer a curto prazo. Ou seja, uma renovação – apostando em novos talentos – não é prioridade. "Você não coloca o jogador só porque é novo: tem que ter competência", disse o treinador. Em 2010, o atacante Neymar e o meia Paulo Henrique Ganso, então jovens destaques do Santos, ficaram de fora da convocação para a Copa do Mundo da África do Sul, mesmo com o forte apelo popular. Os dois foram considerados por Dunga muito inexperientes.

Temperamento Dunga admitiu erros em seu comportamento na primeira passagem pela seleção, mas segue com temperamento forte. Entre 2006 e 2010, protagonizou diversas discussões com jornalistas, se envolveu em polêmica com o ex-jogador holandês Johan Cruyff – que afirmou que não pagaria para ver o Brasil jogar - e vetou qualquer tipo de regalias. O fato de não aceitar muito bem críticas poderá trazer problemas para ele.

Falta de experiênciaO trabalho na seleção, entre 2006 e 2010, foi o primeiro de Dunga como técnico. Depois disso, comandou apenas o Internacional em 2013, onde conquistou um título gaúcho e foi demitido durante o Brasileiro. "O período que fiquei fora, assisti jogos, falei com pessoas que trabalham com o futebol, que entendem os defeitos e virtudes", defendeu o treinador.

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