Na semifinal do Paranaense pela primeira vez após oito anos, o Paraná tem vivido uma calmaria incomum nos últimos tempos nos bastidores. Após sofrer nas últimas temporadas com atrasos de salários, o clube adiantou pela segunda vez seguida os pagamentos para o departamento de futebol.
O Tricolor tem como costume pagar os ordenados dos jogadores perto do dia 12 de cada mês. Mas o salário de março foi pago no dia 2 de abril, dez dias antes do que o comum, na véspera da vitória paranista por 3 a 0 sobre o Foz do Iguaçu, fora de casa, na primeira partida válida pelas quartas de final do Paranaense.
Esse adiantamento de cerca de dez dias já tinha ocorrido no pagamento de fevereiro. O assunto não está entre os prediletos dentro do clube e as entrevistas são evitadas , mas a justificativa dentro do Tricolor para os adiantamentos é que existia o dinheiro em caixa e não fazia sentido esperar para pagar nos dias comuns.
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Após a classificação para a semifinal, no domingo, o empresário Carlos Werner, um dos principais investidores do clube, tinha comentado em entrevistas à Rádio Transamérica e à Rádio Banda B que na verdade pagar salário é uma obrigação do clube.
“Tenho hábito de falar que o Paraná tem que ficar mais cheiroso. O Paraná cheirava mal, pagava mal, não pagava, tinha muitos defeitos. Hoje não”, admitiu Werner.
O empresário lembrou inclusive que o clube tem feito tudo o possível para que os jogadores sintam o menos possível o difícil calendário. “[A reclamação dos jogadores sobre o desgaste] é o cansaço do futebol brasileiro, porque eles foram como sempre de avião, tiveram bons hotéis e bom descanso”, garantiu.
Sem jogos no meio de semana, já que a partida de volta pela Copa do Brasil contra o Estanciano será apenas no dia 21, pelo menos o elenco paranista terá toda a semana para descansar e treinar. Tudo com o foco na primeira partida da semifinal do Paranaense, contra o Atlético, na Arena da Baixada, no próximo final de semana.
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