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Após a tensão com a ameaça de greve dos atletas, Claudinei Oliveira desfruta paz temporária | Antônio More/ Gazeta do Povo
Após a tensão com a ameaça de greve dos atletas, Claudinei Oliveira desfruta paz temporária| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Entristecidos com o panorama do clube, compreensivos quanto à situação dos jogadores e na bronca com a diretoria: estes são os sentimentos de torcedores paranistas que estiveram presentes em todas as partidas do Paraná na Série B sobre o momento vivido pelo Tricolor em 2014. Em comum, o medo dos possíveis efeitos deflagrados por uma greve.

Apesar das intempéries, hoje, quando o time comandado pelo técnico Claudinei Oliveira entrar em campo na Vila Capanema para enfrentar o Bragantino, às 16h10, eles estarão novamente na arquibancada empurrando a equipe em busca de mais uma vitória — pontos importantes que podem afastar o Tricolor ainda mais da ZR.

"Fico sentido pelo clube, que teve uma época de glória nos anos 90", confessa Jeson Emanoel de Campos, 33, administrador. "Eu acho que os atletas tinham de paralisar mesmo as atividades, é importante demonstrar uma atitude e não ser complacente, pois, apesar das reuniões e promessas, na hora de honrar os compromissos a diretoria não cumpre", ressalta.

Opinião que encontra eco nas palavras do empresário Thiago Langner, 27. "A torcida fica indecisa. O lado dos atletas é correto, acho até que eles aguentaram mais do que deveriam. Como torcedor, acredito que falta transparência por parte da diretoria em muitos aspectos, como na questão das penhoras dos recursos: eles falam sobre isso, mas não demonstram com documentos, não falam o quanto devem e para quem", reclama.

Para Flávio Foltran, 20, estudante de Direito, é possível compreender as dificuldades enfrentadas pelos mandatários. Entretanto, ele faz ressalvas. "Ainda vejo muito amadorismo nos diretores, entrevistas desnecessárias, discursos fracassados. Não falta vontade de trabalhar, mas profissionalismo para fazer as coisas melhorarem", desabafa.

Em um ponto os três torcedores concordam: apesar de ser um direito dos atletas, as consequências de uma paralisação seriam desastrosas para o futuro paranista na temporada. "Qualquer reação negativa diminui a visibilidade e compromete a imagem do clube", sintetiza Foltran.

Na expectativa por dias melhores, o treinador Claudinei Oliveira manteve a equipe paranista que venceu o Icasa na última terça, com exceção do goleiro Murilo. Apesar da má colocação do oponente na tabela, Oliveira não espera facilidades no duelo contra o Bragantino. "A gente se prepara sempre para o mais difícil. Mas esperamos fazer um bom jogo", afirmou.

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