| Foto: Giuliano Gomes/Tribuna do Paraná

O Paraná entrou com um novo pedido de adiamento do processo da Vila Capanema, que também envolve a Prefeitura de Curitiba e a União.

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O clube pediu à Justiça Federal mais 120 dias para a realização de nova audiência. A intenção do Tricolor é entrar em acordo com as partes para construir um novo estádio no terreno onde fica a Vila Olímpica. O estádio no Boqueirão foi leiloada na última quinta-feira, mas o Paraná tentará cancelar o procedimento.

Segundo o advogado do Paraná, Márcio Nóbrega, o entrave está na posição irredutível da União, já que clube e prefeitura têm um acordo.

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A ‘Arena Boqueirão’ seria levantada como indenização caso a União cedesse o terreno do Durival Britto para ser o centro administrativo do município.

“O Paraná teria um estádio moderno e valioso e a Prefeitura teria o seu centro administrativo em uma região acessível. A União é que não quer ceder, e por isso a briga judicial perdura por tanto tempo”, explica Nóbrega.

Desde 2012, quando a Justiça determinou que a União deve ficar com o local onde ficava a extinta Rede Ferroviária Federal, o processo caminha a passos lentos. Nos últimos nove meses, por exemplo, houve dois adiamentos requeridos pelos relatores.

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“É muito difícil de prever quando tudo vai ser resolvido”, diz o advogado, que também não tem previsão de resposta sobre o adiamento.

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Desde 1971, com o surgimento do Colorado, na fusão entre Ferroviário, Britânia e Palestra Itália, o terreno da Vila Capanema é alvo de briga judicial. Há doze anos, o Tricolor foi reconhecido pela Justiça Estadual como dono do terreno avaliado de 55,3 mil m², avaliado em cerca de R$ 50 milhões.

Em 2012, em uma reviravolta da Justiça Federal, o terreno passou às mãos da União. No ano passado, a prefeitura se apresentou como parte interessada na disputa com a proposição do acordo.

A novela, porém, está longe de terminar. O procurador inicial do processo Valter Otaviano deixou a Procuradoria Geral da União. O caso será transferido para a procuradora Cristiane Regina Bortolini, que ainda não trabalha no caso.

Colaborou: Daniel Malucelli