Nesses quase três meses em que ficou de fora do time titular do Paraná, o zagueiro Alex Alves, 20 anos, conviveu com a frustração de quem passou de principal aposta do clube para apenas mais um reserva. Impasse que acabará amanhã, na partida contra o Avaí, às 16h20, em Florianópolis.
O defensor não começava jogando desde a derrota para o São Bernardo por 3 a 2 (24/4). Perdeu espaço para o experiente Brinner, mais velho (25 anos) e mais alto (1,89 m a 1,81 m). Retorna agora, com a contusão de Anderson, que machucou a panturrilha esquerda. "A gente fica um pouco chateado quando sai do time, mas segui trabalhando forte até que a oportunidade surgisse. Apesar da altura, um de meus pontos fortes é a bola aérea", ressaltou Alex Alves.
O zagueiro, inclusive, deixou de carregar o rótulo de promessa para o técnico Dado Cavalcanti. "Ele é acostumado a usar a camisa paranista. Sei que posso contar com ele em qualquer momento", afirmou o treinador, ciente de que o zagueiro tem muito mercado.
A diretoria do clube usou de vários subterfúgios para evitar uma venda precoce ainda no fim do ano passado. Uma delas foi o fatiamento de parte dos direitos econômicos em lotes. A medida teve resultados discretos, mas serviu para segurar Alex Alves na Vila Capanema. Além disso, a fatia de 55% que cabia ao Tricolor entrou em outro pacote, da Atletas Brasileiros S/A, empresa que está para ser lançada na bolsa de Valores os jogadores do Tricolor são o capital da S/A. Alex Alves está avaliado em R$ 3 milhões.
"Os torcedores sempre perguntavam para mim na rua o porquê de não jogar. Eu respondia que estava trabalhando duro e que irei aproveitar a oportunidade quando ela chegar", afirmou o zagueiro, que terá a chance de provar que tem espaço entre os preferidos do técnico Dado Cavalcanti.
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