O Paraná perdeu a Vila Olímpica em leilão na manhã de quinta-feira (11), para pagar uma dívida total de R$1,6 milhão com nove ex-funcionários, dentre os quais o treinador Ricardo Pinto, que comandou o clube em 2011, e que tem o maior valor a receber: R$ 450 mil.

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Dois títulos estaduais, goleada histórica sobre rival, vitória dramática que evitou rebaixamento. As alegrias do Tricolor no Boqueirão foram muitas e marcaram os paranistas. No total, foram 42 jogos: 23 vitórias, nove empates e dez derrotas, com 67 gols a favor e 41 contra. Destacamos cinco destes jogos do Tricolor no Erton Coelho Queiroz.

Na estreia, o bicampeonato estadual

João Antônio e Adoílson seguram o troféu de campeão de 1994: festa nos braços da torcida. 
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O Paraná debutou na Vila Olímpica no dia 5 de junho de 1994 e logo com vitória e título. O gol de Ney Júnior, aos 44 minutos do segundo tempo, garantiu triunfo sobre o Londrina e sacramentou a conquista do bicampeonato estadual, com uma rodada de antecedência, sob comando do lendário Rubens Minelli. Antes do duelo com o Tubarão, em 1994 o Paraná vinha mandando seus duelos na Vila Capanema e os clássicos no Pinheirão.

Pentacampeonato estadual

A torcida do Paraná lotou a Vila Olímpica e pulou para o gramado para comemorar o penta, em 1997. 

Em 1997, o Paraná confirmava, na Vila Olímpica, ser o detentor da hegemonia local. Com gols dos ídolos Ricardinho e Caio Júnior, este duas vezes, o Tricolor venceu o União Bandeirante por 3 a 0 e chegou ao quinto título consecutivo, novamente sob o comando de Minelli. Após o apito final, a torcida tricolor, extasiada, tomou conta do gramado para comemorar com o time.

Jogo da permanência

Fernando Diniz comemora gol tricolor contra o Flamengo: salvação veio nas trancinhas do ex-atleticano Oséas. 

No dia 12 de novembro de 1998, o Paraná venceu o Flamengo por 2 a 1, na Vila Olímpica e evitou o rebaixamento para a Série B na última rodada da disputa. Os gols foram do meia Arinélson e do atacante Gabriel Silveira. Jorginho descontou para o Flamengo. Além de vencer, o Tricolor dependia de um tropeço do América-MG contra o Palmeiras. O alívio paranista veio apenas aos 42 minutos do segundo tempo, quando Oséas marcou o gol de empate contra o Coelho e ajudou a assegurar a permanência do Paraná.

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Rival atropelado

Lúcio Flávio e Ilan, dois garotos da base paranista em 1999, comemoram gol no massacre sobre o Coritiba. 

No dia 9 de maio de 1999, sob o comando de Márcio Araújo, o Paraná atropelou o rival Coritiba na Vila Olímpica do Boqueirão. Os gols da vitória por 6 a 2 foram de Ilan (três vezes), Lúcio Flávio, Reginaldo Vital e Betinho, contra. O atacante Cléber, duas vezes, descontou para o adversário. O placar carimbou a estreia do técnico Abel Braga no Coxa.

Despedida

O péssimo gramado da Vila Olímpica contribuiu para o 0 a 0 no último jogo tricolor no Boqueirão. 

O último jogo do Paraná na Vila Olímpica aconteceu no dia 28 de maio de 2013, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, contra o São Caetano. Era a estreia de Dado Cavalcanti diante da torcida e o Tricolor não foi além de um 0 a 0. Culpa do péssimo estado do gramado, que dificultou a troca de passes e ainda fez JJ Morales perder um gol incrível. No dia seguinte, o Atlético ainda empataria por 2 a 2 com o Cruzeiro, pela Série A, no último jogo profissional disputado no estádio.