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Roque Júnior chegou ao Paraná com o elenco já formado | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Roque Júnior chegou ao Paraná com o elenco já formado| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

A nova rotina de Roque Júnior é diferente daquela que enfrentava como jogador de futebol. Agora, precisa se adaptar com os três telefones celulares que não param de tocar. Apesar das responsabilidades administrativas, não abre mão de estar em campo observando jogadores e comissão técnica. "Isso ajuda em qualquer decisão que eu tenha de tomar", diz. Nesse trabalho próximo aos atletas, é o elo com a diretoria, fazendo o possível para que os problemas do clube não afetem o rendimento no gramado. Nesta entrevista à Gazeta do Povo, ele sobre a carreira, as expectativas com o Paraná e o movimento Bom Senso FC.

Com dois meses de trabalho, você sente que estava preparado para ser diretor de futebol?

A experiência que tive no Primeira Camisa [clube de base] me deu um embasamento bom para começar. Claro que há situações que aparecem, mas nada muito diferente do que vivi. Me preparei e devo fazer outro curso de gestão agora [ele já tem um MBA na área]. Me sinto bem, mas sempre indo atrás de mais coisas.

Você acompanha praticamente todos os treinamentos. É importante estar sempre ali, próximo dos jogadores?

Eu gosto de estar perto, conversando com jogadores e comissão técnica, faz parte um pouco da minha função. Me sinto bem assim, me dá algumas respostas.

Que tipo de respostas?

No treino acompanho o comportamento, o relacionamento de todos. Isso ajuda em qualquer decisão que eu tenha de tomar.

Qual a responsabilidade que você teve sobre a montagem do elenco para esse ano?

Quando cheguei, esse elenco já tinha sido montado pelo Paraná e pela parceria [com a Amaral Sports]. A partir de quando começamos a treinar, todos os outros jogadores [Giancarlo, Paulinho e Elton] que vieram têm uma responsabilidade do departamento de futebol.

Poucos desses 15 jogadores contratados estão jogando. É uma herança ruim que você pegou?

Não vou entrar nesse ponto. Eles estão no nosso elenco e estão se dedicando bastante. Eu cheguei e me adaptei ao que o clube já tinha determinado.

A responsabilidade pelo Milton Mendes é sua. Como chegou a ele?

Em um dos meus contatos apareceu o Milton. Tinha alguns critérios: um ex-jogador, brasileiro, ter passagem pela Europa como treinador e jogador. E ele é um treinador que é completo na maneira que eu vejo. Não é que todo treinador precisa disso, mas nesse momento era importante até para mudar um pouco o que fazemos no Brasil.

E ele tem correspondido às suas expectativas?

É o que eu esperava, ele se relaciona bem com os jogadores. E no trabalho de campo tem começo, meio e fim. Isso que é importante. Estou vendo ele fazer isso.

E como tem sido lidar com as dificuldades do clube, especialmente financeiras?

A maioria dos clubes tem esse problema financeiro. O Paraná, como todos nós estamos vendo, está dando sinais de que pode mudar, mas é um processo lento. Ao mesmo tempo que tem a dificuldade, o clube tenta resolver.

O quanto isso pode impactar no rendimento do time?

Não consigo ver esses problemas extracampo não influenciando dentro de campo. Está tudo ligado. Temos de solucionar esses problemas fora para ter bom resultado em campo.

Diante disso, dá para imaginar o acesso para a Série A no final do ano?

Eu acho que nós temos de tentar equalizar esses problemas externos e tentar fazer um planejamento para brigar pelo Paranaense e subir no Brasileiro.

A estrutura física do Paraná ainda tem muita coisa para resolver. Tem como pensar em acesso mesmo assim?

Isso faz parte do processo. Não adianta pensar que vamos chegar lá na frente se não conseguirmos corrigir alguns problemas que temos. A infraestrutura é uma parte importante e precisamos dar mais condições para nossos profissionais realizarem o trabalho.

Problemas financeiros e condições de trabalhos estão na pauta do Bom Senso FC. Qual a sua avaliação sobre o movimento?

É ótimo. O Brasil é o único lugar em que o jogador não tem uma voz ativa. Aqui é muito unilateral a decisão. Estava mais do que na hora de os jogadores se juntarem. Pena que não estou jogando, senão eu estaria lá.

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