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Toninho Cecílio: impasse dentro do Tricolor | Antonio More/ Gazeta do Povo
Toninho Cecílio: impasse dentro do Tricolor| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Triangulação

A prefeitura de Curitiba confirmou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que "existe um estudo preliminar" para que a posse da Vila Capanema passe para o município. A transação seria uma maneira de resolver a pendência de 42 anos envolvendo o Paraná e a União em relação à pose do local. Segundo informações da Rádio Banda B, o acordo faria com que o governo federal repassasse o estádio à prefeitura em troca do pagamento de dívidas da União com o município.

Ao Tricolor restaria uma compensação financeira – dinheiro que seria aplicado na reforma da Vila Olímpica. Na área do Durival Britto, o Palácio 29 de Março construiria um complexo para abrigar todas as secretarias. A diretoria do Paraná não confirma a negociação. Clube e União brigam pela posse do local desde 1971.

Toninho Cecílio passa pelo seu momento mais delicado no Paraná. Eliminado no Paranaense, o técnico pre­­cisa fazer o Tricolor despachar o São Bernardo na Co­­pa do Brasil. A partida de volta da primeira fase é hoje, às 19h30, no Ecoestádio (em São Paulo houve empate por 1 a 1). Caso contrário, com um discurso pouco afinado com o da diretoria, sabe que dificilmente terá o contrato renovado – o vínculo termina com o desfecho do Estadual. Ele conversou com a Gazeta do Povo sobre esse momento para lá de conturbado:

Você afirmou recentemente que o clube precisa de novas diretrizes para o restante do ano. Qual a sua participação no planejamento desta temporada?

Eu acabei participando pouco, cerca de 5%. Gostaria de que fosse diferente, se renovar. A forma de eu trabalhar é uma; a deles [diretoria], outra, não muito adequada para o meu jeito de ser. Acho que pode mudar. É uma questão de protocolo de trabalho.

Essa demora em renovar interfere no trabalho?

Apresentamos certo atraso na montagem para a Série B. Acho que o clube deixou de fazer contratações interessantes que poderiam estar sendo usadas já na Copa do Brasil.

Alguma indicação foi feita para a Série B?

Nenhuma. Eu inclusive não falei sobre isso porque não tenho contrato para depois [do Estadual]. Não seria ético com um possível treinador que viesse depois.

Que balanço faz desses primeiros meses?

Não gostei. Gosto de vencer, chegar a finais. E acho que conseguiria. Foi um belo trabalho, mas muito prejudicado pela arbitragem, fomos alijados no primeiro turno. Mas é claro que a gente errou.

Quais as posições mais carentes do grupo para a Série B?

Não é o momento adequado para falarmos disso.

Você atrela sua permanência à classificação no jogo com o São Bernardo?

Eu não, mas parece que diretoria sim. Eles passaram publicamente que estão esperando esta partida.

Críticas abertas a jogadores, como as que você fez ao atacante Néverton após o jogo contra o Londrina (20/3), costumam impactar no vestiário?

Não tem impacto nenhum. Ele realmente foi horrível naquele jogo. Estou aqui desde setembro e não fiz qualquer crítica, só que de vez em quando ele precisa entrar melhor. Ele é um ótimo jogador, de muita força e velocidade. Foi uma crítica leve e isso morreu lá, sem problema nenhum.

Qual foi o melhor time que enfrentaram no Paranaense?

Em termos de time mais acertado, com melhor padrão de jogo, foi o Londrina. Com relação à qualidade técnica, o Coritiba.

O fato de o Alex Brasil acumular as funções de gerente de futebol do clube e também de captador de recursos da Atletas Brasileiros S/A, empresa criada pelo clube, cria um conflito de interesses? Qual a sua avaliação como técnico?

Não tenho como avaliar. Não mudou nada com relação ao meu trabalho. São coisas estruturais que não competem a mim. É coisa da diretoria e eu nem sei como funciona exatamente, pois não tive tempo de me aprofundar.

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