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Fernando Geraldi, presidente da Patronos da Gralha Azul: entidade angaria doações para o clube. | Antônio More/Gazeta do Povo
Fernando Geraldi, presidente da Patronos da Gralha Azul: entidade angaria doações para o clube.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O Paraná precisa de um ponto contra o Operário, a partir das 16 horas deste domingo (22), no Germano Krüger, para se garantir no mata-mata do Paranaense-2015. Vaga antecipada para manter o time na luta pelo título que não vem há nove anos, e pagamento esperado por um pequeno exército de apaixonados que tem ajudado o clube a se manter em pé.

Pagar vencimentos atrasados de funcionários que recebem até três salários mínimos e realizar obras específicas de infraestrutura foram algumas das tarefas assumidas pela Associação Patronos da Gralha Azul. Criado em 2014 pelo torcedor Fernando Geraldi,o coletivo de torcedores conta com aproximadamente 250 colaboradores constantes, três patrocinadores (Churrascaria MasterGrill, FaqueNorte e Mercearia Fantinatto) e já arrecadou R$ 96 mil em doações.

“A Patronos tem provado que a torcida do Paraná é, sem dúvida, uma das mais apaixonadas e loucas”, diz Geraldi, o cabeça do grupo de “apaixonados e loucos” espalhados por todo o Brasil.

“Fiz parte de projetos anteriores da torcida e agora, com a Patronos, vou continuar ajudando qualquer ação em prol do Tricolor. São campanhas necessárias, principalmente a questão dos salários de funcionários”, afirma o engenheiro civil Thiago Zanona, de 32 anos, que nasceu em Guarapuava, no interior do estado, mas atualmente vive em Boa Vista, Roraima.

Enquanto Zanona ajuda o Tricolor mesmo vivendo longe de Curitiba, a comerciante Bruna Andretta, de 28 anos, além de contribuir para os projetos dos Patronos, não perde a oportunidade de arregimentar outros guerreiros para fortalecer as campanhas da associação. Na loja em que trabalha, basta descobrir um cliente paranista para fazê-lo aderir à causa tricolor.

“Contribuo com R$ 100 mensais para salários atrasados e com R$ 20 para campanhas de infraestrutura. Mobilizo todo mundo, não só na minha família, que é toda paranista”, revela Bruna. “Eu acho satisfatório ver esse dinheiro bem utilizado. O Paraná não é clube de empresário, é de torcedor. A gente tem de cobrar um clube melhor, mas quem ama o Tricolor também ajuda”, prossegue.

Em comum entre os doadores, a crença de que o valor doado é o que menos importa. “A paixão pelo clube é o que nos leva a fazer isso. O Paraná precisa deste tipo de postura. Contribuo mensalmente e os valores têm de estar dentro das possibilidades de cada um. O importante é o compromisso”, decreta o arquiteto Wlamir Branco, 54 anos.

A próxima meta do grupo é acelerar a reforma da loja oficial da sede da Kennedy. “Queremos uma loja no padrão dos clubes europeus”, avisa Geraldi.

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