O acidente com a delegação da Chapecoense, nesta terça-feira (29), chocou o mundo. Veja perguntas e respostas de uma das maiores tragédias da história do esporte mundial.
Como foi o acidente e onde foi registrado?
A aeronave com matrícula CP2933 deveria ter pousado em Medellín, na Colômbia, nesta terça-feira (28), às 21h33 (0h33 no horário de Brasília). O avião perdeu contato com a torre de controle quando sobrevoava o município de La Ceja, por volta das 22h15 (1h15 no horário de Brasília), e caiu durante a madrugada quando se aproximava do Aeroporto Internacional José Maria Córdova, em Rionegro, que atende a região de Medellín.
Qual a causa do acidente?
As caixas pretas do avião já foram encontradas e as causas da queda do avião da empresa boliviana LaMia estão sendo investigadas. Mas segundo o diretor da Aeronáutica Civil colombiana, Alfredo Bocanegra, a hipótese é de falha elétrica na aeronave. No momento da queda chovia forte na região.
Porém, outra hipótese levantada é de que teria acabado o combustível do avião, também conhecido como pane seca. Na espera para pousar, já que outrio avião teria pedido prioridade, a aeronave pode ter ficado sem combustível. Outra possibilidade é que a aeronave não pudesse realmente fazer a distãncia percorrida com o combustível que tinha. Essa hispótese, de falta de combustível, ganhou força no final do dia de terça-feira.
O atacante Borja, do Atlético Nacional, revelou que o time colombiano viajou várias vezes com a mesma aeronave e que já tinham ocorrido problemas por falta de combustível.
Quantas pessoas morreram e quantas sobreviveram?
77 pessoas estavam a bordo avião. 71 pessoas morreram e seis sobreviveram. Os sobreviventes foram o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto, o jornalista Rafael Henzel e os comissários de bordo bolivianos Erwin Tumiri e Ximena Suárez.
Quem eram as pessoas a bordo do avião?
47 pessoas faziam parte da delegação da Chapecoense, sendo 22 jogadores e 25 membros da comissão técnica. A bordo estavam também 21 jornalistas e profissionais de imprensa. A tripulação era formada por 9 profissionais e os outros dois passageiros eram convidados da delegação.
Qual o estado de saúde dos sobreviventes?
O goleiro Jackson Follmann teve a perna direita amputada e está no hospital San Vicente, em Rionegro. O lateral Alan Ruschel sofreu uma fratura na vértebra e corre riscos de perder o movimento das pernas. Porém, as informações são de que os médicos estão otimistas sobre seu estado de saúde. O zagueiro Neto sofreu traumatismo craniano, fraturas por todo o corpo e está em estado grave. Já os dois tripulantes bolivianos estão em estado estável. O jornalista Rafael Henzel passou por uma cirurgia na perna e teve fratura no torax, mas está consciente e em estado estável.
Como será o velório das vítimas?
O vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, disse que o clube pretender fazer um velório coletivo na Arena Condá, mas que cada família pode optar como quer fazer o seu velóeio. A previsão é que os corpos sejam liberados na quinta-feira (30) para virem ao Brasil e o reconhecimento das vítimas por parte das famílias deve ser feito em São Paulo.
Quem fica com o título da Sul-Americana?
A final foi suspensa, mas o Atlético Nacional solicitou a Conmebol que a Chapecoense seja declarada campeã da Copa Sul-Americana. A entidade ainda não se pronunciou oficialmente e afirmou que tomará uma decisão até o dia 21 de dezembro.
E a última rodada do Campeonato Brasileiro?
A última rodada da Série A, que seria neste domingo (4), foi adiada do próximo final de semana e será realizada de forma integral no domingo (11). O Atlético-MG, adversário da Chape no fechamento do Brasileirão, pediu para não entrar em campo por respeito ao adversário. Já a final da Copa do Brasil, que seria nesta quarta-feira (30), entre Grêmio e o próprio Galo, também foi adiada para a próxima quarta-feira (7).
O clube vai seguir competindo em 2017?
A tragédia abalou o mundo. Vários clubes brasileiros e internacionais manifestaram apoio ao clube catarinense, seja pelas redes sociais ou com um minuto de silêncio nos treinamentos. O Libertad, do Paraguai, por exemplo, colocou o seu elenco principal à disposição da Chape. Diversos clubes europeus também prometeram ajudar na reestruturação do time de Chapecó. Já os clubes brasileiros pedem 3 anos sem rebaixamento para a Chapecoense no Nacional e estudam ceder jogadores de graça para a remontagem do elenco.
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