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O futebol brasileiro registrou no último fim de semana uma nova denúncia de ofensas racistas contra um jogador. A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou ontem um inquérito para apurar denúncia de que o goleiro Igor, do Operário-MT, foi vítima de injúria racial durante partida contra o Tombense-MG, realizada no domingo, pela Série D do Campeonato Brasileiro.

As supostas agressões foram relatadas na súmula do jogo pelo árbitro Antônio Carvalho Schneider, que expulsou Igor após o atleta chutar a bola em direção à torcida no estádio Antônio Guimarães Almeida, em Tom­­bos (MG). O caso também será analisado pelo Superior Tri­­bu­­nal de Justiça Desportiva (STJD).

Segundo boletim de ocorrência registrado por Igor, torcedores do Tombense o teriam xingado de "macaco" e "afrodescendente". Também foi chamado de "Aranha", em referência ao goleiro do Santos, vítima de injúrias raciais por torcedores do Grêmio, "velho" e "baixinho", em jogo pela Copa do Brasil.

À Polícia Militar, Igor alegou que, após ser xingado, chamou o árbitro para que ele tomasse providências. Mas, de acordo com o arqueiro, "nenhuma atitude foi tomada naquele momento".

O goleiro identificou Ra­­fael Pereira de Castro, de 32 anos, como um dos autores da agressão. "Eu vou até o fim. Vou abrir processo. Se vai envolver o clube ou vai envolver ele, não interessa. Vamos ver o que vai dar isso aí", disse o goleiro.

Castro negou ter usado expressões racistas contra Igor. Segundo o tenente Wallace Miranda, o torcedor, que é negro, alegou que o arqueiro o "escolheu" para ser acusado após ficar nervoso por causa da expulsão.

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