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Blatter foi aos Emirados Árabes acompanhar a final do Mundial sub-17: definição sobre a Copa de 2022 ficará para 2015 | Ahmed Jadallah / Reuters
Blatter foi aos Emirados Árabes acompanhar a final do Mundial sub-17: definição sobre a Copa de 2022 ficará para 2015| Foto: Ahmed Jadallah / Reuters

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, apresentou nesta sexta-feira oposição firme à possibilidade da Copa do Mundo de 2022, no Catar, ser realizada em janeiro ou fevereiro para evitar o calor escaldante do verão no Golfo Pérsico. Blatter disse que os dirigentes da Fifa e outros "estão iniciando agora" as consultas sobre a possibilidade de mudar a data da Copa do Mundo, tradicionalmente disputada em junho e julho, em uma decisão que pode se arrastar para 2015.

"Quando eu digo inverno, quero dizer que só pode ser novembro e dezembro", disse nesta sexta-feira em Abu Dabi, palco da final do Mundial Sub-17. "Isso não pode ser de jeito nenhum janeiro ou fevereiro".

Blatter, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), se opõe aos dois primeiros meses do ano porque a Copa do Mundo iria coincidir com a Olimpíada de Inverno de 2022. Assim, ele sugeriu que o início do torneio seja marcado para novembro.

A opção dos meses de abril e maio foi proposta por Karl-Heinz Rummenigge, presidente da Associação de Clubes Europeus. O Catar sediou o Mundial Sub-20 em abril de 1995. O mês de janeiro é o preferido do presidente da Uefa, Michel Platini, potencial adversário de Blatter na próxima eleição presidencial da Fifa, marcada para 2015.

Blatter viajará ao Catar para uma rodada de discussões sobre a possibilidade de realizar o torneio fora do verão do Golfo, quando as temperaturas podem chegar a 50ºC. Uma comissão da Fifa está estudando a mudança, mas os organizadores do Catar defendem a sua proposta com a introdução de ares-condicionados no estádios, cumprindo as promessas feitas pela candidatura do país.

O presidente da Fifa também vai discutir questões trabalhistas com o emir do Catar e tem uma entrevista coletiva programada para a tarde de sábado em Doha. Assim, como outros países do Golfo, o Catar usa trabalhadores migrantes, principalmente do Sul da Ásia, nas suas obras. Grupos de direitos humanos reclamam há muito tempo sobre os abusos em todo o Golfo.

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