O chefe da unidade de investigações da Receita Federal dos Estados Unidos (IRS, na sigla em inglês), Richard Weber, afirmou estar “bastante confiante de que teremos mais uma rodada de indiciamentos” no caso sobre corrupção no futebol.
“Nós acreditamos fortemente que existem outras pessoas e entidades envolvidas em atos criminosos”, disse Weber ao jornal americano The New York Times, nesta sexta-feira (29), sem, no entanto, revelar os personagens que estão na mira dos investigadores.
Na primeira rodada de indiciamentos, 14 pessoas, entre dirigentes ligados à Fifa e executivos de empresas de marketing esportivo, foram formalmente acusadas pela Justiça americana de extorsão, lavagem de dinheiro e fraude fiscal.
Apesar de todos estarem de alguma forma ligados ao mundo do futebol, Weber afirmou que a investigação não começou com o objetivo de atingir especificamente o esporte.
“Acho que nunca houve uma decisão para que fossemos atrás do futebol. Estamos atrás da corrupção. Uma coisa levou a outra, que levou a outra e mais outra”, explicou.
Segundo o investigador, tudo começou como um caso tributário contra o americano Chuck Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa. Com a cooperação do dirigente, a rede de corrupção começou a se abrir.
“Quando estamos envolvidos em um caso de corrupção internacional como esse, nós usamos nossa expertise financeira para seguir o dinheiro”, afirmou Weber.
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