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Capa do livro O Futebol na Contracapa, sobre a Suburbana de Curitiba | Divulgação
Capa do livro O Futebol na Contracapa, sobre a Suburbana de Curitiba| Foto: Divulgação

Serviço

Lançamento do livro O Futebol da Contracapa, de Allan de Paula Oliveira, Hélder Cyrelly de Souza e João Castelo Branco Machado, às 19 horas, no Restaurante Aldeia do Beto (Rua Rua Professor Brandão, 678, Alto da XV, Curitiba). No evento, os livros serão vendidos a R$ 30.

"A cidade precisa muito mais da Suburbana do que a Suburbana precisa da cidade", afirma o antropólogo Allan de Paula Oliveira sobre o Campeonato Metropolitano de Futebol Amador de Curitiba, este senhor torneio que está com 72 anos. A conclusão é resultado de quase três anos acompanhando de perto a Suburbana e suas relações sociais. Acompanharam na empreitada o historiador Hélder Cyrelli de Souza e o fotógrafo e cineasta João Castelo Branco Machado. O trabalho gerou o livro O Futebol da Contracapa, que será lançado hoje, às 19 horas, em Curitiba.

O título refere-se ao local mais comum destinado ao campeonato amador nas páginas do jornal: a contracapa. "A Suburbana é uma instituição mais antiga do que outras consideradas características da cidade, como o Centro Cívico, a Feira do Largo da Ordem. É muito tradicional. Nos surpreendeu o nível de organização", diz Oliveira.

A Suburbana está, afirma o trio de autores, entre a pelada e o futebol profissional: os três compartilham dos mesmos agentes (jogadores, dirigentes, imprensa, torcida), mas que se comportam de mo­­do peculiar em cada esfera. A fama de violento do campeonato amador, afirmam, não traduz a realidade. "Há brigas? Há. Há confusões? Há. Mas tanto ou menos do que no profissional". No amador, vale a lógica do revide – o que explica ser um jogo com mais faltas; no profissional, essa lógica é reprimida pelo fair play.

Nas arquibancadas, as tor­­cidas organizadas atendem por Os Talebans (Santa Quitéria), Os Faníticos (Vila Fanny), Carcamanos (Trieste) e têm uma dinâmica própria: são poucas e com menor propensão a atos de violência do que as uniformizadas de times profissionais.

"A Suburbana promove um encontro dos bair­­ros em um nível muito mais bacana do que no futebol profissional. As pessoas vão para o jogo para prestigiar o time. Torcem, xingam, festejam, mas depois querem comer o pão com bife, jogar baralho, fazem costelada", diz o fotógrafo João Machado, responsável pela maioria das fotos que ilustram o livro e dos dois capítulos compostos apenas com imagens.

"Nossa intenção não foi a de criar um texto acadêmico sobre o futebol amador, mas servir de convite ao leitor a aventurar-se como espectador de jogos da Suburbana", destaca Oliveira.

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