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Borja comemora o primeiro gol do Atletico Nacional no Morumbi | MIGUEL SCHINCARIOL/AFP
Borja comemora o primeiro gol do Atletico Nacional no Morumbi| Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP

Com o São Paulo desfalcado, sem criatividade e enfraquecido, nem o Morumbi foi capaz de salvar. Os 61 mil torcedores presentes saíram calados na noite desta quarta-feira (6), no jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores, após um domínio pleno do Atlético Nacional. O time colombiano venceu por 2 a 0 e encaminhou a vaga na final.

A torcida vai se lamentar por muito tempo sobre a parada de sete semanas da Copa Libertadores até a disputa das semifinais. Porém, agora resta pouquíssimo tempo para se ajeitar e reagir do duro golpe para que na próxima semana, em Medellín, o São Paulo consiga ganhar por três gols de diferença para manter vivo o sonho do tetracampeonato.

Alguns dos grandes pilares do time na campanha na Libertadores derrubaram a atuação no Morumbi. Sem os lesionados Kelvin e Paulo Henrique Ganso, o São Paulo se manteve tão previsível quanto tem sido no Campeonato Brasileiro. A tola expulsão do zagueiro e ídolo da torcida Maicon, já no segundo tempo, enfraqueceu a tentativa de um ímpeto final pelo resultado.

Já desanimado, o time ainda foi envolvido pelos colombianos nos instantes seguintes. Uma boa troca de passes deixou Borja na cara de Denis para aos 36 minutos do segundo tempo fazer 1 a 0. Novamente o atacante marcou, já aos 43.

A festa dos são-paulinos para receber o time foi à altura da longa espera para a semifinal. As ruas no entorno do estádio ficaram lotadas de pessoas e de muita pirotecnia. Algumas bandeiras traziam a frase: “Bem vindo ao inferno”, uma aposta de que a força do Morumbi seria suficiente para manter o 100% de aproveitamento no local nesta Libertadores. Mas não foi.

A empolgação inicial acabou enfraquecida ao longo do primeiro tempo. O ritmo forte do São Paulo durou 20 minutos, período suficiente para dois chutes perigosos. Depois os colombianos mostraram as virtudes de quem tem a melhor campanha do torneio, com volantes bons marcadores, manutenção da posse de bola e ataques rápidos para assustar.

Enquanto o Morumbi se silenciava diante da dificuldade do São Paulo em jogar, a equipe tentava se consertar com o jogo em andamento. Wesley e Michel Bastos inverteram de lado para confundir a marcação, mas embora insistente, o São Paulo sentia falta de Ytalo participar. O substituto de Ganso cometeu o erro capital de não ajudar a bola chegar em Calleri.

O São Paulo, ansioso para resolver a partida, errou muitos passes e passou 30 minutos sem finalizar no primeiro tempo. Um chute de Michel Bastos, já no fim, cativou minimamente a torcida para voltar a esperar um segundo tempo com gols.

Para a angústia dos são-paulinos, as chances vieram para o lado colombiano. Contra-ataques perigosos e até uma cabeçada no travessão fizeram a multidão de mais de 60 mil pessoas ter força nula. As vozes ficaram caladas pela tensão.

O aperto obrigou o quase sempre conservador Edgardo Bauza a mexer de forma contundente. Pela primeira vez no ano Alan Kardec e Calleri atuaram juntos. O meia Daniel, que até esta quarta tinha dez jogos pelo clube em duas temporadas, entrou para resolver a falta de criação.

As alterações pouco tiveram tempo para serem testadas. A expulsão de Maicon abriu na defesa o espaço que os colombianos esperavam para fazer os gols que calaram o Morumbi. Agora o São Paulo terá de ir em busca do milagre.

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