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Gilson recebe cartão amarelo no primeiro jogo do Estadual, contra o Corinthians-PR | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Gilson recebe cartão amarelo no primeiro jogo do Estadual, contra o Corinthians-PR| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Adversário

Elenco abre mão de parte do salário

O Cascavel não tem muitos problemas dentro de campo. Apenas o za­­gueiro Tininho está fora, suspenso. Mas fora das quatro linhas o time vive um drama. Pelo supermando, a Serpente só atuará uma partida em casa, na penúltima rodada, contra o Corinthians-PR. Sem renda, o clube teve de reduzir os salários de seus atletas entre 20% e 50%. O jogadores foram informados do corte no meio da semana. Quem não aceitasse estava liberado. Apenas o goleiro reserva Nivaldo, natural de Cascavel, saiu, mas para diminuir a folha do clube do coração.

O jogo não vale praticamente nada. O Paraná é o quarto colocado, com seis pontos, e aspira a apenas embalar no fim do estadual para entrar na Série B com a autoestima alta. O Cas­­cavel é o último colocado, com um ponto, e espera ansiosamente o fim da competição para descansar das viagens de ônibus que teve, tem e terá de fazer pelo estado.

Mas quem for à Vila Capa­­nema poderá ao menos começar a analisar os esforços feitos pela diretoria para reforçar a equipe. Até aqui, quatro jogadores estão praticamente certos com o Tricolor: o atacante Ricardinho, o zagueiro Ives e os laterais-esquerdos Kim e Gílson. O último estará em campo hoje, às 18h30, defendendo a Serpente.

"Prefiro nem saber sobre o negócio. Meu empresário me falou do interesse do Paraná, mas disse também que tem outros clubes. Mas hoje sou do Cascavel, e só vou pensar nisso depois do campeonato", diz o jogador.

É um discurso ético, que só muda quando a conversa vai avançando. Daí, por vezes o lateral esquece de colocar a frase na condicional e vai direto falando que esta será "a maior oportunidade de sua carreira", ainda curta.

Gílson tem 23 anos, começou no Cene-MS, passou pelo Botafogo de Ribeirão Preto, São José e Mirassol. Foi quando chegou ao Cascavel, por seu empresário, Marcos Amaral. O mesmo que é sócio da Amaral Sports, nova parceira do Paraná.

No Estadual, Gílson só não atuou contra o Paranavaí, na primeira fase. Se destacou, principalmente, contra o próprio Paraná e também o Atlé­­tico, na quarta rodada. Foi de seus pés que saíram alguns gols de Irineu, vice-artilheiro da competição, com 9 gols. As assistências viraram sua marca na competição.

"Fico triste por ainda não ter marcado, mas uns 40% dos gols do Irineu, quem deu o passe fui eu", vangloria-se. E espera repetir esse desempenho contra o seu futuro time, com apenas uma ressalva sobre o que se esperar de sua atuação. "A viagem é bem cansativa, das umas 8 horas até Curitiba."

Gílson enfrentará um Pa­­raná quase completo. Ape­­nas o zagueiro Luiz Henrique e o lateral-es­­querdo Diego Cor­­reia estão fora. Eles receberam o ter­­ceiro amarelo contra o Corin­­thians-PR.

Ao vivo

Paraná x Cascavel, às 18h30, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo.

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