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Dortmund – Nem bem o Brasil deixou o gramado do Westfalenstadion, comemorando a transformação de uma ameaça nipônica em uma goleada fácil, e o pensamento dos jogadores brasileiros já estava em outro ponto. O foco passou a centralizar – e se manterá dessa forma assim nos próximos cinco dias – na surpreendente Gana, única representante africana a se classificar para o mata-mata da competição. Segunda colocada no grupo E, atrás da Itália, ela será a adversária verde-amarela nas oitavas-de-final, terça-feira, às 12 horas (de Brasília), em Dortmund.

O elenco comandado por Carlos Alberto Parreira pouco soube falar sobre o obstáculo da próxima terça-feira, no mesmo palco do revigorante 4 a 1 de ontem. O resumo do novo alvo, para os atletas, está na velocidade, na ofensividade e na força física. Mas a maioria dos brasileiros admitiu conhecimento ralo das qualidades do oponente.

O técnico Carlos Alberto Parreira não acrescentou muito à análise do grupo, mas é quem "melhor" conhece Gana. Entre 1967 e 1968, o treinador carioca teve sua primeira experiência no comando de uma seleção justamente no time africano.

"A classificação faz justiça ao futebol que Gana vem apresentando nos últimos anos. Fizeram três bons jogos na primeira fase, combinando técnica e muita velocidade", afirmou, não escondendo um certo ar de satisfação pelo cruzamento com a ex-equipe.

Já Ronaldinho Gaúcho preferiu destacar o comportamento ousado dos adversários das oitavas-de-final. "É um rival perigoso, que muitas vezes atua com seis ou sete jogadores no ataque, de maneira até irresponsável. Temos de entrar com confiança", comentou o camisa 10, que cresceu quando o Japão abriu espaços na tentativa de buscar o empate.

Mas foi o reserva Juninho Pernambucano quem melhor definiu a linha de raciocínio que a equipe deve adotar até o duelo. "Vamos pensar em Gana e ficar todos prontos para colaborar. Na verdade, a Copa do Mundo começa agora. Errar não é mais permitido", afirmou, transparecendo toda a alegria de finalmente estrear em um Mundial.

Ele também ressaltou a responsabilidade de enfrentar uma adversária menos expressiva do que Itália ou República Tcheca, outras candidatas a cruzar o caminho do Brasil nessa etapa. "Contra Gana, a obrigação será toda nossa. Eles jogarão sem pressão", complementou.

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