• Carregando...
Felipe Massa comemora a vitória na Espanha, ameaçada apenas por uma disputa com Adrian Sutil no pit stop e pelo pouco confiável motor da Ferrari | Bertrand Guay/ AFP
Felipe Massa comemora a vitória na Espanha, ameaçada apenas por uma disputa com Adrian Sutil no pit stop e pelo pouco confiável motor da Ferrari| Foto: Bertrand Guay/ AFP
  • Confira a classificação da Fórmula 1

Vitória de ponta a ponta, depois de largar na pole position, e melhor volta da prova. Em resumo: o máximo possível a um piloto num GP, o chamado hat-trick. Pois foi essa a proeza de Felipe Massa ontem, no GP da Europa, na estréia bem-sucedida do belo circuito de rua de Valência no calendário da Fórmula 1. Em completa oposição à imensa frustração vivida na Hungria três semanas antes, quando quebrou o motor da sua Ferrari, na condição de líder incontestável, a três voltas da bandeirada.

"Conquistei, também, a minha medalha de ouro para o Brasil. Agora é continuar lutando para obter o troféu de ouro, ainda mais difícil", disse Massa, emocionado, ainda em clima de Olimpíada.

O desempenho do piloto nas duas últimas etapas impressionou a todos na Fórmula 1. Lewis Hamilton, da McLaren, segundo colocado, mas ainda líder do campeonato, seis pontos à frente de Massa (70 a 64), reconheceu o avanço da Ferrari. "Nas sessões de classificação estamos no mesmo nível, mas na condição de corrida eles estão um pouco à nossa frente", afirmou.

Depois das vitórias fáceis de Hamilton em Silverstone e Hockenheim, antes do GP da Hungria, essa vantagem era da McLaren. Mas Massa advertiu a própria equipe, apesar de agradecê-la pelo "carro excepcional" deste domingo. "A chave para vencer um Mundial tão disputado é a consistência, e a confiabilidade do carro faz parte da consistência. A quebra do meu motor (em Budapeste) e a de Kimi Raikkonen (neste domingo) mostra que precisamos melhorar muito ainda nesse aspecto."

O finlandês abandonou na 45ª volta com outro show pirotécnico da Ferrari. Quebrou uma biela também, do mesmo lote da de Massa na Hungria. "A equipe me avisou e dentro de mim havia o lado do diabinho que dizia que o motor pode quebrar, e o do anjinho, afirmando não poder acontecer duas vezes seguidas", disse, preocupado com a resistência do propulsor no desafiador e veloz circuito de Spa-Francorchamps. "Fica, lógico, uma pulga atrás da orelha."

Apesar de nenhum concorrente se aproximar, Massa quase viu sua vitória escapar, de novo, na 36ª volta de um total de 57. Depois do segundo pit stop, regressou à pista de rolamento, dentro da área dos boxes ainda, ao mesmo tempo em que o retardatário Adrian Sutil, da Force India. Percorreram alguns metros lado a lado. A direção de prova expôs na tela dos computadores que o comportamento de Massa colocou os pilotos numa situação de risco e, portanto, estava sob análise. Poderia receber um drive-through, o que o faria terminar em segundo, com Hamilton em primeiro.

Robert Kubica, da BMW, completou o pódio neste domingo com um bom terceiro lugar, o que não acontecia desde a vitória em Montreal. Mas o dia foi triste para os milhares de fãs de Fernando Alonso, da Renault, o grande ídolo local. A maioria dos mais de 100 mil festivos torcedores nas arquibancadas não compreendeu bem quando Alonso entrou nos boxes ainda no fim da primeira volta. Kazuki Nakajima, da Williams, bateu na traseira do seu carro, destruindo o aerofólio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]