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Visão privilegiada da natureza é o principal prêmio para os aventureiros do parapente | Divulgação
Visão privilegiada da natureza é o principal prêmio para os aventureiros do parapente| Foto: Divulgação

Competição

Estadual começa hoje em Tibagi

Começa neste final de semana, nos dias 4 e 5 de fevereiro, o Campeonato Paranaense de Parapente. A primeira etapa será realizada em Tibagi, nos Campos Gerais. A estimativa é que aproximadamente 60 pilotos participem das provas. A cidade também abrigará a final do Estadual, no dia 30 de novembro. O valor da inscrição na competição é de R$ 90. No Free Fly’, voltado a quem deseja voar apenas por hobby (sem participar do campeonato e concorrer pelos prêmios), as inscrições custam R$ 40. O Paranaense tem duas categorias principais. São elas a Open e Serial, que premiam com R$ 1,5 mil, R$ 1 mil e R$ 500 os três primeiros colocados. Serão sete etapas ao longo do ano, mas o calendário oficial ainda não foi confirmado. (DA)

Cortar silenciosamente o ar a uma velocidade que pode variar, em média, de 15 a 60 km/h e ainda desfrutar de uma visão panorâmica da natureza faz do parapente (conhecido também como paraglider) um esporte radical que ganha cada vez mais adeptos no estado. O número de atletas que praticam a modalidade cresceu seis vezes em um intervalo de cinco anos no Paraná. Se em 2007 existiam cerca de 50 competidores, hoje já são mais de 300 profissionais registrados pela Federação de Voo Livre do Paraná.

Com um equipamento feito basicamente de tecido e linhas, o piloto voa por grandes distâncias. O recorde mundial de deslocamento hoje está acima de 500 km.

Idealizado na França no final da década de 70, com pára-quedistas decolando de encostas de montanhas, hoje, o parapente se tornou tanto um esporte radical competitivo quanto um hobby para os aventureiros de plantão.

A geografia do estado é um dos fatores que colaboram para que o parapente ganhe novos adeptos por aqui. Segundo o presidente do Clube de Voo Livre do Paraná, Kauan Felipe Lichtnow, atualmente existem no estado aproximadamente 10 pontos considerados propícios para o esporte. Um dos melhores é o morro da Co­­muna, em Tibagi, nos Campos Gerais. "Mas temos outros ótimos pontos para decolar e pousar em Terra Rica [norte do Paraná], em Campo Magro e no litoral, principalmente na Ilha do Mel", diz.

Porém, se a quantidade de praticantes cresce ano após ano, o número de escolas credenciadas pela Associação Brasileira de Parapente permanece estagnado. São apenas três centros autorizados a ensinar o esporte em todo o Paraná. "No interior, onde muita gente procura [o esporte], não há escola. Apenas na capital", informa o presidente do Clube de Voo Livre dos Campos Gerais, Mauri­­van Correia.

O presidente estadual do clube, Lichtnow, afirma que o crescimento do número de adeptos deve continuar nos próximos anos. "As pessoas estão se interessando mais pelo esporte. Por mês, cerca de 10 novos alunos se formam nas escolas do estado. Nós estamos divulgando e promovendo o esporte e as pessoas estão aderindo a essa modalidade", conta.

Aulas

Para conduzir um parapente é necessário encarar durante quatro a seis meses 80 horas de aula teórica e mais dezenas de aulas práticas. As regras são parecidas com as escolas de formação de motoristas de automóveis. "O condutor precisa de uma habilitação expedida pela Associação Brasileira de Parapente. A partir da terceira ou quarta aula prática, o aluno já pode fazer voos curtos e de pequena distância, sempre monitorados via rádio pelo instrutor", explica o presidente do Clube de Voo Livre do estado, Kau­­an Lichtnow. Os níveis de habilitação variam de 1 a 4 e re­­presentam a capacidade de voar sozinho, levar um passageiro e ministrar cursos de pilotagem.

As aulas teóricas dão aos futuros atletas noções de meteorologia, aerodinâmica, legislação, tráfego aéreo, uso de equipamentos eletrônicos, manobras de emergência e primeiros socorros. "Os pilotos devem sempre usar os equipamentos de segurança, co­­mo capacete, botas, óculos de sol, rádio de comunicação, pára-quedas reserva e equipamento de GPS", enfatiza Lichtnow. Os equipamentos custam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.

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