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Rodada cria faixas na tabela

Os resultados da sexta rodada da Suburbana estabeleceram uma diferença de três pontos entre as oito equipes que estão na faixa de classificação e os quatro times que tentam fugir das duas últimas posições, que indicam os rebaixados à Primeira Divisão em 2008. Além da vitória por 4 a 0 do Combate sobre o Bairro Alto, o sábado teve mais cinco jogos pela Divisão Especial. O Trieste é agora a única equipe que segue de perto o time da Barreirinha (16 pontos a 13), os italianos venceram o Vila Hauer por 1 a 0 jogando em casa. Já o Uberlândia perdeu a chance de encostar nos líderes ao empatar por 1 a 1 com o vice-lanterna São Paulo. Outro time que desperdiçou a oportunidade de se aproximar dos ponteiros foi o Capão Raso, que no Pilarzinho perdeu por 2 a 1 para o Vasco. Essa foi a primeira vitória dos cruz-maltinos na competição.

O tradicional Vila Fanny deu um salto na tabela (de oitavo para quinto) após vencer em casa o Iguaçu por 1 a 0. Já o lanterna União Ahú ficou no empate por 3 a 3 com o Urano.

O galo ainda nem cantou, às 5 horas da madrugada, quando o atacante Geovane, de 31 anos, do Combate Barreirinha, pula da cama para ganhar o seu pão de cada dia. Pescador e morador do balneário Ipanema, em Pontal do Paraná, o avante há oito anos vê na Suburbana a chance de aumentar o orçamento e se divertir batendo bola.

No sábado, quando o Combate enfrentou o Bairro Alto no Estádio Donato Gulin, na Vila Hauer (o Caba havia perdido o mando de campo), novamente o pescador manteve outra rotina em sua vida: subiu a serra de ônibus para fazer gols. O camisa 11 fez dois na vitória por 4 a 0. O resultado manteve seu time na liderança da Divisão Especial.

"Ganho uma ajuda de custo e mais as passagens de ida e volta para jogar na Suburbana. Futebol é sempre bom e o dinheiro que ganho aqui me ajuda muito", comenta ele, que já defendeu União Ahú e Trieste.

Entre muitas redes, varas e barcos nas areias da praia, ele aprendeu a jogar bola. Atualmente é um dos mais famosos atacantes da Suburbana. Suas poucas experiências no profissional acabaram por falta de incentivo. "Já joguei no Rio Branco (de Paranaguá) e no Esportivo (de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul). Só que no profissional sabe como é, se não tiver alguém que te ajude não tem jeito", lamentou.

Menos mal que Geovane encontrou nos estádios dos bairros curitibanos a chance de mostrar seu potencial. No sábado, ao lado do talentoso meia Neo, foi um dos destaques da goleada sobre o Caba.

Diante de um público razoável e dividido em estádio neutro, a estrutura e a qualidade do Combate fizeram a diferença. A torcida feminina, marca registrada do time da Barreirinha, fez a festa três vezes no primeiro tempo com Neo (17 minutos), Geovane (24) e Geraldo (30).

Na etapa final, o Bairro Alto partiu para o tudo ou nada e dois gols do atacante Mi foram anulados por impedimento. O auxiliar Luciano Roggenbaum teve de ouvir a reclamação do técnico Marcelo Leôncio.

"Se ele não gostasse de ficar só na sombra estaria melhor posicionado para ver os impedimentos", acusou o treinador. "Foram lances em que o goleiro havia saído do gol, só havia um jogador do Combate entre o último atacante do Bairro Alto e a linha de fundo", explicou o auxiliar.

Antes do apito final do árbitro Leomir Cuque, ainda houve tempo para Geovane fazer mais um aos 27 minutos. Dessa vez por cobertura, com a precisão de quem está acostumado a jogar a rede nos cardumes.

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