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Gilberto Pereira diz saber das dificuldades que irá enfrentar em 2007 à frente do Coritiba. Brigas políticas, poucos recursos e, no começo, a desconfiança que sempre acompanha um treinador jovem, com currículo escasso. Mas, sem medo, o comandante alviverde pede paciência e um voto de confiança para enfrentar o que considera ser o maior desafio de seus 42 anos de vida.

Neste ano, a briga política teve uma influência negativa dentro de campo. Você está pronto para evitar que os gritos de "Fora Gionédis" abalem o grupo?Eu estou pronto para enfrentar os problemas dentro de campo. E torço para que haja um entendimento o mais rápido possível fora dele. O que não se pode esquecer é que todos os interesses têm de ser para o clube e não em razão pessoal. É preciso compreensão, ao menos para deixar a gente trabalhar com tranqüilidade.

E se isso não acontecer?Se continuar (as brigas), fica complicado. Mas estou preparado. Senti isso na pele com o Palmeiras. E numa proporção muito maior.

Na sua chegada alguns críticos disseram que você não teria a experiência necessária para assumir o Coxa em um momento tão delicado. Isso te deixa com uma margem de erro mínima?Eu tenho a qualidade necessária e me preparei para isso. Não vim por acaso ao futebol e nem vim para cá porque o cara é meu amigo. Vim pela minha carreira, que por enquanto é pequena. Mas há vários exemplos de técnicos que começaram como eu: o Felipão, o Vanderlei (Luxemburgo)... O espaço foi dado, estou preparado e vou dar certo.

Você falou sobre a necessidade de um jogador experiente e também de um matador. Eles ainda não vieram? Isso preocupa?A gente não pode se desesperar para montar o time. O campeonato está em cima, mas o Coritiba já tem um elenco para começar. Pode não ser aquele que vai terminar a competição, mas a primeira fase dá esse tempo para que possamos analisar.

Você já trabalhou com vários técnicos, qual lhe passou mais ensinamentos que vão servir aqui no Coxa?O Vanderlei Luxemburgo. Eu não trabalhei com ele, mas fiz um estágio em Madri. Ele tem um toque diferenciado para lidar com os jogadores. Tira deles o melhor possível, aquilo que nem o atleta sabia que tinha.

Como tem sido a sua participação na contratação de reforços?O Will fez as avaliações e dentro disso a gente conversa para ver o que se adequa melhor ao meu estilo de jogo. Eu quero jogador vibrante, que respire coisas boas e tenha pensamentos maiores para o futuro. Se não estiver com esse objetivo, não serve. Futebol se ganha no treino também, não é só no jogo.

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