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O silêncio completo no Coritiba no fim da tarde de ontem será quebrado em uma coletiva do presidente Giovani Gionédis, hoje, no Couto Pereira. Se confirmar a decisão de manter Paulo Bonamigo como técnico da equipe alviverde, ele reforçará uma constante queda de braço entre a presidência e os conselheiros do clube.

Decisões sobre permanência e troca de comando têm tumultuado a relação entre o legislativo e o executivo alviverde. Bonamigo é o novo tema de debate. Boa parte do Conselho Deliberativo defende um "fato novo" para alterar a preocupante rota do time na Série B – cada vez mais distante do retorno à elite.

"Alguns discordam do trabalho do Bonamigo, outros vêem a saída dele como única solução, já que o time não pode dispensar a atacado pois as inscrições se encerraram", analisou um conselheiro, que não quis se identificar.

Já Gionédis, pelo menos até ontem, garantia o emprego do treinador. Os créditos da presidência, apesar da crise, são semelhantes à época de Antônio Lopes e Cuca.

No caso do Delegado, o presidente insistiu na seqüência do trabalho à revelia do Conselho. Quando não resistiu mais, rescindiu o contrato com Lopes e depois arrependeu-se da decisão.

Arrependimento às avessas Gionédis sentiu no caso de Cuca. O cartola achou que deveria demitir o treinador da derrota por 1 a 0 para o time reserva do Atlético, dia 10 de julho. Segurou a degola por três meses, ou 19 rodadas (até 11/10, no tropeço para o Paysandu, por 2 a 1). Depois apontou o atraso na decisão como um dos principais fatores do rebaixamento.

O último a deixar o clube foi Estavam Soares, cujo aproveitamento de 50% era inferior ao necessário para reconduzir o time à Série A, como justificou o dirigente no primeiro semestre. Agora, porém, o cartola defende Bonamigo e seus 47,8% de rendimento em 23 rodadas. O pior do ano, com nove vitórias, seis empates e oito derrotas.

O aproveitamento era um dos temas da reunião de ontem (não encerrada antes do fechamento desta edição) entre a Comissão de Futebol do Conselho Deliberativo e membros da diretoria.

Um dos indícios da instabilidade do comando técnico são os rumores sobre eventuais substitutos de Bonamigo. Lopes teria sido descartado, Tite estaria fora da realidade alviverde e o nome mais forte seria o de Lori Sandri, responsável por reconduzir o Coxa à Primeira Divisão em 95.

Descansando na sua fazenda em Umuarama, o treinador negou ter sido procurado pelo Coritiba, apesar dos intensos rumores. Questionado sobre a complicada situação alviverde, Lori se esquivou. "É difícil comentar porque as coisas podem não acontecer. Prefiro aguardar", disse o treinador, que retorna amanhã para Curitiba.

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