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Givanildo Oliveira, técnico do Santa Cruz, surpreendeu a pernambucanos e paranaenses ao revelar, no final da tarde de ontem, a possibilidade real de assumir o comando do Atlético no lugar de Lothar Matthäus. As declarações do treinador deixam claro que, se ainda não o fez, o Rubro-Negro está muito perto de descartar o ex-craque alemão.

Há dez dias na Europa, com a justificativa de resolver "problemas familiares", Matthäus sequer estipulou um prazo para retornar ao trabalho no CT do Caju. Nos últimos dias, também parou de dar notícias em seu site oficial (www.lotharmatthaeus.com). A última atualização foi segunda-feira, na qual o técnico afirmou estar em contato diário com o Atlético.

Apesar de não admitir oficialmente, a diretoria rubro-negra estuda desde o início da semana a possibilidade de trazer um substituto. Ivo Worttmann, Antônio Lopes e Paulo Bonamigo também foram cogitados nos bastidores.

Givanildo, 57 anos, declarou ao site oficial do Santa Cruz que, caso não houvesse um entendimento ontem entre o Atlético e o alemão, seria a primeira opção do clube paranaense. Ao mesmo tempo, vieram da Europa rumores indicando que Matthäus não voltaria mais.

O desenrolar dos fatos durante a tarde dá a entender que o treinador alemão mais uma vez não deu uma resposta objetiva ao Atlético. "O primeiro contato foi na hora do almoço e depois o negócio andou bem", contou o pernambucano, que conversava do Recife por telefone com o empresário Nivaldo Gomes. Este, por sua vez, falava diretamente com a diretoria atleticana.

O empresário é uma espécie de olheiro e representante atleticano no Nordeste. Foi ele quem intermediou a ida de sete jogadores do clube para o Sport no início da temporada.

Givanildo, que ganha um salário entre R$ 40 mil e R$ 50 mil no Santa Cruz, admitiu já ter passado até uma proposta ao Furacão. "Se as coisas caminharem, ainda teria de falar diretamente com a diretoria sobre as condições do trabalho, o tempo do contrato, se um ou dois anos. Enfim, preciso de um plano bom. Não olho apenas o lado financeiro", afirmou o técnico, que se diz feliz no atual emprego.

Dependendo da negociação, a conversa definitiva pode acontecer hoje. Ele não escondeu a empolgação com a chance de assumir um time de maior visibilidade. "Acho que não preciso falar nada quanto à grande estrutura do Atlético. É um clube de ponta hoje no futebol brasileiro", elogiou.

Desde dezembro de 2004 no Arruda, Givanildo não vê problemas em deixar o Tricolor pernambucano – clube que levou à Série A do Brasileiro. "Meu contrato reza muito bem que eu posso sair por uma proposta melhor, como eles também podem me mandar embora quando quiserem", justificou o ex-volante do próprio Santa Cruz, Corinthians e Fluminense.

Procurada pela Gazeta do Povo, a diretoria do Atlético disse que vai se manifestar sobre a possível contratação de Givanildo hoje, via assessoria de imprensa.

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