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Hamamatsu, Japão – O Brasil inicia, na madrugada de amanhã, sua participação no mais difícil, internacionalizado e competitivo Mundial de basquete da história. A seleção masculina, que pela primeira vez terá jogadores da NBA em uma competição desse nível, pega a Austrália à 1h30 (de Brasília).

"O país não vem obtendo bons resultados internacionais. Mas o Mundial do Japão será uma boa chance", diz o técnico Lula Ferreira, do Brasil, ausente das duas últimas Olimpíadas e oitavo colocado no Mundial 02.

O país não chega às semifinais do Mundial desde 1986 e há 28 anos não leva medalha – foi bronze nas Filipinas, em 78. Pela primeira vez, o evento terá 24 países na disputa – em Indianápolis 02 eram só 16.

"Os melhores, com algumas exceções, estarão aqui e querem vencer. Definitivamente, um Mundial com 24 equipes é bem mais difícil", atesta Carlo Recalcati, treinador da Itália, prata nos Jogos de Atenas 04.

Não bastasse isso, cerca de 40 atletas de 14 seleções atuam na NBA. O Brasil terá dois representantes da mais badalada liga de basquete do planeta: Leandrinho (Phoenix) e Anderson Varejão (Cleveland). A Austrália, rival da estréia, um: Andrew Bogut, 21 anos, do Milwaukee, primeira escolha do "draft" (loteria de calouros) de 2005. "Podemos enfrentar qualquer um", gaba-se Brian Goorjian, técnico da seleção.

Goorjian, que nasceu nos EUA, é espelho de uma nova realidade no basquete internacional: a globalização das pranchetas. Nove das 24 seleções (37,5% do total) contam com treinadores estrangeiros.

Há quem veja no fenômeno um desvio de conduta. "Desde que existem seleções nacionais, acho que o técnico também deve ser daquele país", opina Dirk Bauermann, treinador da Alemanha, uma das poucas seleções, de fato, 100% nacionais.

Segundo o site da Fiba, há estrangeiros atuando em 13 times. Alguns são resultado do bagunçado mapa-múndi dos últimos anos, como bósnios e croatas na Sérvia. A Nigéria, porém, exagera ao chamar nove americanos. A Austrália é reforçada por outro, o armador C.J. Bruton.

Não bastasse isso, o Brasil integra a chave mais complicada. A seleção terá de enfrentar, além de Austrália, Grécia, campeã européia, Lituânia, Turquia e Catar. Apenas o país do Oriente Médio é figurante.

"É preciso usar de 10 a 12 jogadores por partida. O time não pode quebrar no meio do campeonato", analisa Lula. Foi o que ocorreu em Indianápolis 02. O Brasil venceu seus quatro primeiros jogos e perdeu os cinco seguintes.

TV: Brasil x Austrália, à 1h30 (de Brasília), no Sportv e ESPN Brasil.

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