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Goiano viu de perto as mudanças do Paraná. Sobreviveu à chegada e saída de diversos treinadores, vários jogadores e até mesmo dirigentes. Acompanhou como poucos a transição da época fértil em títulos dos anos 90 para o atual período de campanhas decepcionantes. Símbolo de persistência, nunca conseguiu se firmar como titular. Volante de origem, curiosamente teve mais espaço como lateral-direito. Como agora.

"Eu quero é poder jogar. Se for para continuar no time, sou lateral. Jogo em qualquer posição que me pedirem. Só de goleiro é que não dá", comentou o jogador, que nas duas partidas mais recentes do Tricolor atuou improvisado no lugar do machucado Parral. Autor do gol aos 48 minutos no segundo tempo contra o União Bandeirante e destaque clássico com o Coritiba – em que teve pela primeira vez a torcida gritando seu nome –, Goiano sonha com a afirmação tardia. Justamente depois de ter passado seu pior momento com a camisa vermelha, azul e branca.

Sincero, o atleta contou que sofreu nas temporadas 2004 e 2005. "Ano passado foi especialmente difícil porque joguei muito pouco. Foi um Brasileiro legal para o clube, mas triste para mim. Pelo menos mostrei que sou pé-quente. Não perdi nenhum dos sete jogos", revelou. Mesmo a contragosto, chegou a fazer teste no futebol coreano. "Não era minha intenção sair daqui, mas eu não estava sendo aproveitado", defendeu-se. A tentativa não deu lucro e em pouco tempo ele estava novamente na sua casa, a Vila Capanema.

"Tenho um carinho enorme pelo Paraná, que me abriu as portas para o futebol", contou, lamentando a fase de vacas magras pela qual o time vem passando desde sua promoção ao profissional, em 1999. "Naquele ano ainda disputamos o título (perdeu o Paranaense para o Coritiba), depois, tudo se complicou, ficamos brigando para não cair. Você acaba se sentindo mal pelo lado emocional e pelo profissional. Afinal de contas, o jogador que chama atenção é o que disputa as decisões", complementou.

Como lateral-direito, Goiano chegou a ser escalado com o técnico Paulo Bonamigo no período em que o titular, Luís Paulo, foi suspenso por agredir um árbitro na Série B, quando ainda era do Caxias. "Sempre que precisaram de mim, respondi à altura. Só não tive uma seqüência para ganhar confiança e crescer ainda mais", concluiu.

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