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No terceiro gol do Avaí, Evando deslocou o goleiro estreante Mauro na cobrança de pênalti. Camisa 1 paranista entrou para a história após o jogo da Ressacada. | Glaicon Coure/RBS
No terceiro gol do Avaí, Evando deslocou o goleiro estreante Mauro na cobrança de pênalti. Camisa 1 paranista entrou para a história após o jogo da Ressacada.| Foto: Glaicon Coure/RBS

Estréia em massa melhora o time, mas não compensa falha bisonha

Com quatro estreantes e sete modificações em relação à última partida, o Paraná até começou bem o jogo com o Avaí. Mas nenhum dos jogadores paranistas contava com o gol do goleiro Eduardo Martini, aos 12 da etapa inicial, encobrindo o arqueiro Mauro – que protagonizou uma cena tragicômica no lance.

O Tricolor até tentou reagir. Esforço que esbarrou em outro gol de cobertura dos donos da casa, aos 35 minutos. O ex-paranista Marquinhos foi o algoz. O meia chutou, a bola desviou no estreante zagueiro Leandro e enganou Mauro. Aos 45, Cristian descontou para o Paraná, reacendendo a esperança paranaense na Ressacada.

Sonho que durou pouco. No segundo tempo, em pênalti duvidoso assinalado pelo árbitro carioca Willian Marcelo Souza Nery, aos 9, Evando ampliou. Nem mesmo a entrada de Cristiano, reestreando no Paraná, ou a bola no travessão de Murilo, evitou a sétima derrota seguida da equipe da Vila, que finca raízes profundas na zona de rebaixamento. (RM)

Nem a "Ilha da Magia" salvou a vida paranista. Para deixar ainda mais dolorosa a derrota em Santa Catarina, completando sete consecutivas, o Paraná ainda virou motivo de chacota com um gol raro na Série B: levar um gol do goleiro adversário, Eduardo Martini. Nos tempos atuais, seria até normal se fosse de uma cobrança de falta ou pênalti, como os vários que Rogério Ceni já fez. Mas o goleiro da equipe catarinense marcou ao chutar da sua própria área. A bola atravessou o campo, quicou no gramado, nenhum zagueiro tocou e ela encobriu o estreante goleiro Mauro, morrendo no fundo da rede após um arremate de praticamente 80 metros.

O feito tem precedente na história do time da Vila Capanema. No Estadual de 1980, Zico, do Cascavel, aprontou a mesma coisa com o Colorado – um dos clubes que formaram o Paraná nove anos depois. A vítima foi Joel Mendes.

Ontem, no intervalo, um dos mais felizes era justamente Eduar-do Martini. "É o meu primeiro gol. Nunca vou bater falta ou pênalti. Agora é focar no segundo tempo", afirmou o goleiro, quando o jogo estava 2 a 1.

Mauro, campeão brasileiro com o Santos em 2004, foi contratado para suprir as deficiências técnicas dos jovens goleiros Gabriel e Fabiano Heves. E, logo na estréia, o experiente goleiro de 30 anos sofreu um gol histórico.

"É a força da natureza. A gente não pode explicar. A velocidade da bola, o vento... A bola quicou, tomou uma velocidade incrível e me encobriu", tentou explicar Mauro no final, depois de confirmado o revés por 3 a 1. "A gente esperava um jogo difícil, mas não estes gols espíritas", desabafou Cristian. "Uma infelicidade muito grande", definiu o técnico Paulo Comelli.

"O gol foi um desastre. Mas é preciso analisar que o vento influiu muito na trajetória da bola. Mas o Mauro, uma pessoa experiente, tem um carisma, o grupo todo estava com ele no vestiário dando moral. Eu tenho certeza que o Mauro vai nos ajudar. O gol é um acidente, mas ele tem condições de se recuperar", afirmou o diretor de futebol Paulo Welter.

Arbitragem

Vários jogadores paranistas saíram da partida reclamando do árbitro carioca Willian Marcelo Souza Nery, principalmente pela marcação do pênalti que originou o terceiro gol avaiano. "O juiz é muito responsável pela derrota do Paraná. Aquele terceiro gol foi brincadeira. Tomou o terceiro gol, acabou", bradou Gláucio. A arbitragem foi "ridícula", definiu Welter.

Schwenk não vem

Do "pacotão de esperança" paranista, um não deve vir mais. O atacante Schwenk, que está no Goiás, acabou não acertando a transferência. "O problema foi entre eles, juridicamente", garantiu Paulo Welter. Já o volante Pituca deve chegar a Curitiba hoje. O Tricolor enfrenta o Fortaleza, na terça-feira, na Vila Capanema.

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Em Florianópolis

Avaí

Eduardo Martini; Ferdinando, Cássio, Emerson e Zé Rodolpho (Arlindo Maracanã); Marcus Vinícius, Batista, Marquinhos (Juliano) e Válber (Rafael Costa); Evando e Odair. Técnico: Silas

Paraná

Mauro; Murilo, Daniel Marques, Leandro e Fabinho; Agenor, Vágner, Gláucio (Elvis) e Cristian; Ricardinho (Cristiano) e Leonardo (Marcelinho). Técnico: Paulo Comelli.

Árbitro: Willian Marcelo Souza Nery (RJ). Estádio: Ressacada. Gols: Eduardo Martini (A), aos 12/1º, Marquinhos (A), aos 35/1º, Cristian (P), aos 45/1º. Evando (A), aos 9/2º. Cartões amarelos: Gláucio, Ricardinho, Fabinho, Vágner, Elvis (P); Batista, Cássio, Marcus Vinícius, Emerson (A). Público pagante: 4.736 (5.538 total). Renda: R$ 27.150,00.

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