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Arizinho se antecipa a Pitti e empurra a bola para as redes. Mas o gol já havia sido marcado por Adoílson (caído ao fundo) | Arquivo/ Gazeta do Povo
Arizinho se antecipa a Pitti e empurra a bola para as redes. Mas o gol já havia sido marcado por Adoílson (caído ao fundo)| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Era maio de 1990, vivíamos a Era Collor. Nas rádios, o sertanejo era o canal. Enquanto nos cinemas, a molecada curitibana só queria saber das pancadarias de Jean Claude Van-Damme, enquanto os universitários se "arrupiavam" com o brega-cult "Sociedade dos Poetas Mortos". Naquele domingo dia 27, entretanto, nada disso importava. Estava marcado para a Vila Capanema um pega entre o Paraná e a Platinense.

Os quase 5 mil paranistas que foram ao jogo não se arrependeram. Muito pelo contrário. O Tricolor não tinha sequer um ano de existência, mas atropelou o adversário como fosse pai de família: 6 a 0 pelo Campeonato Paranaense.

Adoílson – aquele do mullet crespo que abalou no Grêmio Maringá – marcou logo os dois primeiros. No segundo deles, o meia completou cruzamento de Maurílio "Rambo", quando o segundo tempo já comia solto, depois que a turma havia se abastecido de pão com bife. O terceiro foi anotado por Heraldo, em cobrança de falta caprichada.

Sérgio Luiz, Arizinho e Ednélson – que mais tarde entraria para a história do futebol mundial marcando um gol banguela – ainda deram mais trabalho para o piazão que trocava os números do placar. E embora o escore tenha sido suficientemente elástico, quem presenciou garante que, se fosse sete ou oito, seria "muito natural".

Ao término daquela disputa, o Atlético acabaria sendo o campeão, após dois empates em Atletibas à moda antiga, daqueles que não existem mais. Para os paranistas, a alegria do primeiro título estava reservada para o ano seguinte.

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