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Faltou fôlego para o Atlético-PR nos 2.400 metros acima do nível do mar de Pachuca. Os jogadores do Furacão correram, lutaram, mas contaram com um adversário mais bem postado e com péssimas atuações individuais de suas principais armas. Em quatro lances, os mexicanos definiram a partida. A goleada de 4 a 1 eliminou o Rubro-Negro da Copa Sul-Americana e classificou a equipe do Pachuca para a grande final contra os chilenos do Colo Colo. (Assista aos gols da partida)

Com déficit adquirido no primeiro confronto, o Furacão precisava vencer e partiu pra cima nos primeiros minutos. Porém, o mando de campo, o frio, a altitude e os mais de 30 mil torcedores do Pachuca jogaram contra o Atlético durante os 90 minutos. O maior domínio do jogo por parte dos mexicanos poderia ter resultado em um placar ainda mais dilatado, se não fosse a boa atuação do goleiro Cléber. No ataque, a dupla Denis Marques e Marcos Aurélio praticamente não tocou na bola.

A desclassificação em solo mexicano sela o ano atleticano como um dos mais melancólicos dos últimos tempos. Sem chegar a nenhuma final e tendo uma postura irregular em todas as competições que participou, o clube deve tentar vencer os dois últimos jogos do ano, válidos pelo Brasileirão (contra Figueirense, com portões fechados, e frente a Ponte Preta em Campinas) para garantir uma vaga na Sul-Americana 2007. É o que resta ao time.

No 1.º tempo, Pachuca domina, mas é o Furacão quem marca

Os primeiros instantes do jogo mostraram um Atlético determinado a buscar a vitória diante dos mexicanos. O domínio inicial conseguiu criar apenas um breve lance de perigo, quando Michel tentou lançamento para o meia Ferreira, mas a bola correu demais e o goleiro Calero defendeu facilmente. Deste lance em diante, o Pachuca passou a exercer forte pressão, fazendo valer o seu mando de campo.

Aos sete minutos, Cabrera teve ótima oportunidade para marcar de cabeça. Cinco minutos depois foi a ver de Caballero desperdiçar dois chutes, bem defendidos pelo arqueiro atleticano Cléber. O goleiro ainda iria trabalhar muito nestes primeiros 45 minutos. Aos 21, Landin perdeu a melhor oportunidade dos donos da casa no 1.º tempo. Cabrera levantou bela bola na área e o atacante conseguiu cabecear para fora.

Com o passar da partida, os jogadores atleticanos começaram a sentir os efeitos da altitude e os mexicanos pareciam que iriam abrir o marcador a qualquer instante. Aos 29 minutos, Chitiva deixou a zaga para trás e bateu mais uma com perigo. O Furacão só conseguiu arrematar com Michel aos 33, quando o ala isolou a bola pela linha de fundo. Na seqüência, os mexicanos marcaram com Landin, mas o árbitro equatoriano Mauricio Reinoso anulou o lance, assinalando impedimento.

No melhor ditado popular de "quem não faz, toma", o Pachuca pagou o preço por perder tanta oportunidades. Na segunda descida ao ataque com perigo, o Furacão abriu o placar. Jancarlos deixou a marcação para trás e cruzou, o goleiro Calero bateu roupa e a bola sobrou para Ferreira, que apenas tocou para o fundo das redes. Os mexicanos tentaram responder em mais dois lances, mas Cléber seguiu mantendo o triunfo atleticano.

Na segunda etapa, quatro lances definem a virada

Para fugir das penalidades máximas, o Pachuca voltou para o 2.º tempo decidido a virar o marcador diante da sua torcida. O amplo domínio da partida na etapa inicial continuou logo na volta para o gramado, quando aos quatro minutos Gimenez mandou uma bomba contra o gol de Cléber, e a bola passou muito perto da meta atleticana. Ainda mais incisivo em busca do gol, o técnico mexicano Enrique Meza tirou o atacante Landin para entrada de Kacho.

A forte pressão tornou o pior pesadelo do Atlético praticamente inevitável. Aos 11, Cléber saiu mal do gol e Michel tirou em cima da linha. Um minuto depois, o goleiro fez outra boa defesa, mas na seqüência o zagueiro Danilo derrubou Mosquera na área. O pênalti foi marcado e Gimenez não desperdiçou a oportunidade de empatar.

Animado pelo gol, o Pachuca seguiu em cima dos visitantes, que, visivelmente sem fôlego, foram uma presa fácil, ainda mais após a expulsão ingênua de Jancarlos, que derrubou Caballero na lateral do gramado em um lance bobo. O técnico Vadão tentou reforçar a marcação e a pegada no meio-campo rubro-negro com a entrada de Marcelo Silva, Válber e William nos lugares de Erandir, Cristian e Marcos Aurélio, mas pouco adiantou.

Já no Pachuca a entrada de Alvarez foi decisiva. Aos 18 minutos, Gimenez aproveitou cobrança de escanteio e virou o placar, marcando de peixinho. A fatura foi encerrada aos 31, quando Alvarez dominou na grande área e deixou Danilo pra trás para marcar, e aos 36, quando Kacho deixou João Leonardo sentado e fuzilou o goleiro Cléber. Para os mexicanos, o restante da partida foi só festa. Já o Furacão, abatido e sem forças, agonizou até o apito final.

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