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Ginastas do Paraná fizeram apresentações durante a apresentação do TOP 2016, ontem, no Museu Oscar Niemeyer | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Ginastas do Paraná fizeram apresentações durante a apresentação do TOP 2016, ontem, no Museu Oscar Niemeyer| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Dar condições para que os talentos do esporte local mantenham-se treinando no estado. Esse é o principal objetivo do Talento Olímpico do Paraná (TOP 2016), programa do governo estadual lançado on­­tem no auditório do Museu Os­car Niemeyer. Um projeto, ini­cial­mente, de curto prazo, já que terá de ser renovado em dezembro.

No mês que vem, Palácio Iguaçu, Sanepar e Copel sentam com os 250 atletas para a assinatura do contrato, válido apenas até dezembro. As duas empresas estatais vão investir R$ 625 mil reais entre agosto e dezembro – com intenção de renovação do vínculo para a continuidade do projeto – em bolsas-esporte de R$ 500 para cada atleta de 34 modalidades.

O evento desta segunda-feira foi acompanhado majoritariamente por políticos e dirigentes esportivos. Gravatas demais, considerando que o foco do projeto é atender atletas de 11 a 18 anos e paraatletas entre 11 e 21 anos. O programa tem como padrinho o ex-maratonista e medalha de bronze na Olimpíada de Atenas (2004) Vanderlei Cordeiro, natural de Cruzeiro do Oeste, na Região Noroeste do Paraná.

O mote é investir em atletas com potencial de competir a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, embora o próprio secretário especial do Esporte, Evandro Rogério Roman, tenha destacado que é preciso mais de dez anos para formar um campeão.

Os jovens serão indicados por suas federações com bases nos seus resultados. No caso do vôlei, por exemplo, foram indicados atletas dos times líderes do Campeonato Estadual da Juventude. Na natação, a campeã sul-americana Alessandra Marchioro é uma das contempladas; no atletismo, a tetracampeã brasileira do salto em altura Ana Paula Caetano de Oliveira; e na ginástica artística, a atleta da seleção nacional Harumi de Fretias, também receberão o benefício.

O diretor-presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, destacou que o TOP 2016 cumpre o objetivo da empresa em investir em responsabilidade social, apesar de ser a primeira incursão da companhia de energia em projetos do gênero. A Copel bancará 200 bolsas-esporte (R$ 500 mil), As outras 50 serão custeadas pela Sanepar.

O investimento das estatais no esporte é uma resposta a obsessão dos dirigentes de federações desde que o então deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), em maio de 2010, propôs um projeto de lei em que a empresa destinaria R$ 40 milhões às obras da Arena para a Copa de 2014 – até 2010, 93% dos R$ 8 milhões de patrocínio da estatal eram destinados ao Museu Oscar Niemeyer, do qual a mulher do ex-governador Roberto Requião, Maristela, era diretora-presidente.

O governador Beto Richa (PSDB) destacou que o estado está próximo de ter a Lei de Incentivo ao Esporte local, para estimular os empresários a investirem nos atletas paranaenses. Nos moldes da lei federal, permitirá que empresas privadas destinem a projetos esportivos parte do que teriam de pagar em impostos.

"Também teremos o Instituto Paranaense de Ciência do Esporte (IPCE), com as universidades, para testes de aptidão física dos atletas. Com 52 cursos de Educação Física, seis deles em instituições estaduais, que estão em 39 campi, conseguiremos atender muito bem o desenvolvimento desses jovens talentos", fechou Roman.

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