Sem visita oficial, mas apenas com um telefonema seguido de um e-mail, o Paraná recebeu ontem da Confederação Brasileira de Futebol o caderno de encargos necessário para qualquer estado que pretenda se candidatar à sede da Copa do Mundo de 2014.
O documento que contém as obrigações a serem cumpridas pelos estados chegou primeiro ao computador do presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, que logo o repassou para o governador Roberto Requião.
"O Ricardo Teixeira me ligou por volta das 11 horas. Ficamos de marcar um encontro depois que ele voltar de viagem", contou Gomyde, que agora pretende criar uma comissão para cuidar do assunto.
A notícia que foi festejada no Palácio Iguaçu, contudo, não serve como indicativo de que o Paraná está bem cotado na CBF. Pelo contrário. A cada referência sobre o estado, o assessor de imprensa da entidade, Rodrigo Paiva coloca em dúvida a vontade política paranaense em abrigar a competição. Ontem, Paiva revelou que o Paraná foi a única das 27 federações que não formalizou um pedido de visita a Ricardo Teixeira.
"Não houve nenhum convite, então não haverá visita, o documento foi apenas enviado", afirmou o assessor, que enumerou os passos que o governo estadual terá de dar se quiser entrar na disputa para receber a Copa. "Terá de analisar se tem viabilidade, se interessa ou não, e se manifestar..."
De acordo com a CBF, caso aceite o desafio contido no caderno de encargos, o Paraná terá de apresentar um projeto até o fim deste mês. Nele deverá estar contido questões de infra-estrutra (transporte, hotelaria, estádio, etc.).
Gomyde afirma que esse prazo não existe. "O Ricardo Teixeira não falou em prazos", disse. "Já manifestamos o nosso interesse. Somos candidatos mesmo antes de analisar o documento", completou.
De acordo com o presidente da Paraná Esporte, a grande guerra agora ficará entre a Baixada e o Pinheirão, para se saber qual será o estádio indicado. Contudo, a cidade de Londrina também manifestou o interesse de levar o Mundial para o interior.
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