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A rodada deste meio de semana incluiu mais uma péssima estatística à campanha de Coritiba, Atlético e Paraná no Paranaense 2006. Os três maiores clubes do estado somaram apenas um ponto – empate por 1 a 1 do Tricolor com o Paranavaí – e engrossaram a lista de vexames nesse começo de temporada.

O novo capítulo confirmou que o tropeço histórico do início do torneio não era apenas um caso isolado. Na segunda rodada do Estadual, dia 15 de janeiro, o trio-de-ferro perdeu por atacado pela primeira vez desde deste a fundação do Tricolor, em 1989.

A opção de fazer do torneio caseiro um laboratório para o restante da temporada ameaça também outra marca. Desde o surgimento do Paraná, só em 92 os clubes da capital não disputaram o título.

Ainda assim, atleticanos e paranistas foram até a semifinal. Perderam no Pinheirão e viram o Londrina bater o União Bandeirante, na última final caipira do torneio.

A comparação com o Paranaense 2005 reforça o sufoco dos grandes. No ano passado, Coritiba, Atlético e Paraná conquistaram 59,5% dos pontos disputados contra times do interior nas cinco primeiras rodadas. Na atual temporada, o rendimento caiu para 41% nas mesmas cinco jornadas.

A conseqüência da queda de aproveitamento se reflete na tabela. Apenas o Atlético habita a zona de classificação. Ainda assim, o atual campeão está no limite, a quarta colocação do grupo A.

Após um bom início de campeonato, o Furacão derrapou na última semana. Primeiro, empatou por 2 a 2 com o Francisco Beltrão, na Arena. Depois, perdeu para o Iraty, fora de casa, por 3 a 2.

Com isso, o que era para ser uma tranqüila transição até a chegada de Lothar Matthäus, na segunda-feira, transforma-se no primeiro desafio do alemão à frente do Rubro-Negro.

"Vamos ver lá na frente. Quem estiver bem, vai chegar. Quem não estiver, fica no meio do caminho", afirmou o zagueiro Danilo, prevendo uma reação dos grandes no segundo turno da competição.

Na Vila Capanema, o empate com o ACP reviveu o fantasma da eliminação precoce. Assim como nos três anos anteriores, o clube vê a chance de passar de fase ameaçada. Hoje, é apenas quinto colocado no grupo B.

Apesar de estar sendo muito cobrado pelos torcedores, o técnico Luís Carlos Barbieri tenta manter a calma. "Os times do interior começaram a trabalhar antes da gente e ainda estamos sentindo a falta de entrosamento e da evolução física. Quando isso acontecer, aí vamos ver quem é quem", afirmou.

No Coritiba, 2006 ainda parece uma seqüência do pesadelo do ano passado, quando o time foi rebaixado à Série B do Brasileiro. Para piorar, a esperada redenção no Estadual ainda não veio. Resultado do atraso na montagem do grupo, provocada pela briga judicial em que se transformou a eleição do clube.

Ainda assim, ninguém no Alto da Glória admite ficar fora da segunda fase do Estadual. "O que é isso? Nenhum dos três classificados? Em hipótese alguma", rebateu o assessor da presidência alviverde, Capitão Hidalgo.

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