Mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Internacional, no Estádio Olímpico, o Grêmio comemorou ontem o título gaúcho, quebrando a sequência de duas conquistas do rival. Fez diferença a vitória por 2 a 0 conquistada no clássico da semana passada, no Beira-Rio.
Com a vantagem, e atuando em casa, o Tricolor entrou na final de ontem como favorito. Mas o Inter, mesmo com um time remendado, teve chances de levar o tricampeonato.
O único gol da partida foi marcado logo aos nove minutos, quando Giuliano aproveitou um rebote do goleiro Victor. A confiança gremista se transformava em dúvida e o descrédito colorado em esperança.
O susto foi superado apenas no segundo tempo, quando o Tricolor passou a dominar a partida e exigir boas defesas do goleiro Abbondanzieri. Mas o 1 a 0 contra não permitia ao torcedor soltar o grito de campeão. Se fizesse mais um, o Inter levaria a decisão para os pênaltis.
Gols não saíram mais. O que movimentou o fim do jogo foi uma confusão. Taison, do Inter, acertou um chute sem bola no gremista Jonas, foi expulso e, mais tarde, disparou. "Esse Jonas é um folgado. Vocês não conhecem ele." Quando o jogo foi reiniciado, já não havia tempo para o Colorado tentar o segundo gol.
"É um momento maravilhoso. Depois daquela derrota em Erechim, houve muita desconfiança. Mas o grupo se uniu e conseguiu reverter", comemorou o atacante Borges, se referindo ao Grenal da primeira fase. "Amanhã, vou comprar jornal e guardar para mostrar aos meus netos."
O título é um alívio para o contestado técnico Silas. "Estou muito contente. O Inter, mesmo com as mudanças que teve, tinha jogadores experientes. No nosso grupo, a maioria dos jogadores nunca tinha conquistado um título no Grêmio. O (goleiro) Victor, que é jogador de seleção brasileira e está perto da Copa do Mundo, nunca tinha sido campeão pelo clube. Num clube tão grande como o Grêmio, minha obrigação era tirar o peso das costas do elenco", discursou, pedindo um tempo nas críticas.
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