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Gustavo Kuerten acredita que ainda estaria jogando tênis de altíssimo nível se alesão no quadril não tivesse abreviado sua carreira. Em entrevista ao jornal "Lance!", concedida na sede do Instituto Guga Kuerten, o tricampeão de Roland Garros afirmou também que teria feito duelos interessantes com Rafael Nadal, atual tetracampeão no saibro francês.

"Mesmo lesionado, eu estive presente em vários torneios e pude ter uma noção muito próxima do nível do circuito. E eu treinava volta e meia com estes caras que estão entre os melhores hoje. Houve jogadores que, mesmo quando eu passei a ter muita dificuldade, depois da segunda cirurgia, começaram a jogar bem melhor. Um exemplo é o Ivan Ljubicic, que chegou a ser quarto do mundo. Na minha época boa, ele não era nem 20º. E nem era novo. O próprio Guillermo Cañas, ou o Carlos Moyá. Mas, se formos analisar o nível e a condição destes caras, acho que daria para jogar tranquilamente", afirmou o catarinense, segundo o diário.

Guga disse ainda que, em 2001, após seu terceiro título em Roland Garros, ainda não tinha explorado todo seu potencial e que possuía tênis para chegar à sua melhor fase na carreira. Ele ressaltou também que teria jogado de igual para igual contra o atual número 1 do mundo, Rafael Nadal.

"Para jogar com ele, atualmente, eu precisaria ter evoluído um pouco mais. Se nós pegarmos o Nadal que venceu Roland Garros pela primeira vez, em 2005, eu teria mais chances de ganhar. No segundo, a coisa já ia apertar (risos). No terceiro, então, eu ia ter que melhorar um pouco".

E como jogar contra Nadal? - pergunta a publicação.

"Eu gostava de jogar com tenistas como ele, que não me atacavam, que me dessem oportunidade para definir o ponto. E é a situação que ele impõe. O Nadal é um cara que exige que você vá mais e mais para a linha, até chegar ao limite. E eu tinha esta versatilidade mental, que me ajudaria. E, claro, eu tinha bastante bola para definir. Eu poderia definir os pontos e colocá-lo em uma situação difícil. Mas ele é um cara sensacional. É absurdo, principalmente na parte mental. Ele já fez mais do que eu fiz. Ele está acima do nível que adquiri. Mas daria para encarar. Quem sabe se eu estivesse presente não deixaria ele conquistar tantos títulos de Roland Garros?".

Na entrevista, Guga voltou a afirmar que não pretende disputar torneios de veteranos. Por enquanto.

"Este circuito teve um estágio muito bom, ainda quando eu estava jogando. Depois, deu uma bela caída. E hoje está retomando um momento muito legal. O Pete Sampras atua nele, o Andre Agassi pode jogar algumas etapas já no ano que vem. O Patrick Rafter e o Marcelo Ríos também. E eles são comuns, porque fizeram parte do momento em que eu estava bem. Então, é interessante vê-los competindo. Atualmente, eu não tenho esta necessidade de competição. Minha volta vai depender um pouco da minha própria transição, de como me adapto a não ter uma performance tão em alto nível quanto antes".

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